REVISÃO DE LITERATURA: CÂNCER DE COLO UTERINO NA MULHER NEGRA

  • Autor
  • Tayná Martins Paris
  • Co-autores
  • Felipe Coutinho Rodrigues , Marcus Vinícius Santos do Nascimento , Pedro Barbosa
  • Resumo
  •  

    Introdução: O câncer de colo uterino é uma doença de relevância mundial entre as mulheres, com altas taxas de mortes anuais, principalmente em regiões menos desenvolvidas, no caso do Brasil, trata-se do segundo tumor mais frequente que acomete esse grupo social. Neste contexto, observa-se que a população negra apresenta associação significativa com estadiamento avançado no diagnóstico e maiores taxas de mortalidade pelo câncer se comparada à população geral, sendo um dos reflexos de desigualdades nos âmbitos social, econômico, político e na saúde. Métodos: Na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, com os seguintes descritores: “African Continental Ancestry Group”, “Uterine Cervical Neoplasms”, “Brazil”, encontraram-se 10 artigos, sendo todos selecionados, segundo os critérios de inclusão. Resultados: Mesmo o câncer de colo uterino sendo de alto risco, muitas mulheres, especialmente as negras, deixam de realizar o exame Papanicolau - com redução na ordem de 80% na mortalidade pelo câncer - por fatores de menor esclarecimento e menor oportunidade de acesso para realizarem o teste, devido ao desfavorecimento na atenção à saúde, além de expressar o racismo institucional que desvincula o usuário com o sistema salutar e repercute o racismo no processo saúde-doença-cuidado. Essa relação coloca em evidência as discrepâncias sociais, decorrentes de um processo histórico de expropriação de cultura e de direitos, cujo impacto se revela nos indicadores de saúde desta população, potencializando, dessa maneira, suas vulnerabilidades. Importante ainda destacar, que o acesso limitado aos serviços de saúde também pode ser evidenciado pelo agravo da situação em mulheres quilombolas que, pela maior situação vulnerável, tem-se menor conhecimento sobre a doença e, também constata-se vergonha e/ou medo em relação a consultas ginecológicas e associam a exposição de seu corpo à sexualidade. Conclusão: Portanto, constitui um desafio para os serviços de saúde a falta de compreensão da importância da realização do exame de Papanicolau devido a existência significativa de desigualdades socioeconômicas e raciais, reforçando a necessidade de ações visando uma saúde pública igualitária. Assim, deve-se implementar a promoção de saúde, atuando em estratégias da atenção primária que minimizem as vulnerabilidades de grupos sociais, pois, na mesma proporção que ocorrer maior cuidado médico que abranja todas as mulheres, menor será a incidência de mortes pelo câncer de colo uterino.

  • Palavras-chave
  • Grupo com Ancestrais do Continente Africano, Neoplasias Cervicais Uterinas, Brasil.
  • Área Temática
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva
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