A POTENCIALIDADE DOS CIGARROS ELETRÔNICOS E SUA APLICABILIDADE NA CESSAÇÃO TABÁGICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Gabriela Milhomem Ferreira
  • Co-autores
  • Isabella Tavares Alves , Luiz Felipe Castro Vaz Poloniato , Rodrigo Abrantes Jacinto , Luiza Rodrigues Oliveira , Marília Karolyne Dias Pires
  • Resumo
  •  

    Introdução e objetivos: O uso de cigarros eletrônicos (CE) aumentou nos últimos anos no Brasil, especialmente por jovens. Sua comercialização é proibida, mas são facilmente encontrados no comércio brasileiro. Usuários alegam utilidade na cessação tabágica (CT) e menos nocividade que o cigarro convencional (CC), gerando uma discussão sobre os benefícios e riscos dos CEs. Objetivou-se avaliar a potencialidade dos CE na saúde e a sua utilização na CT. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados “SciELO”, “MEDLINE” e “LILACS”, foram selecionados 13 artigos publicados na íntegra, entre 2016 e 2019, abordando assuntos específicos de acordo com os descritores: sistemas eletrônicos de liberação de nicotina; abandono do hábito de fumar; tabagismo. Resultados: Em estudo brasileiro, 44% fumantes da amostra acreditam que CEs são menos nocivos que os CCs, o que revela baixa percepção sobre eles. Os CEs funcionam com nicotina líquida de concentrações semelhantes ou até superiores às do CC. Os aromas contêm aldeídos, diacetil, acetil propionil e acetona. Os sintomas relatados são irritação na garganta, tosse, cefaleia, dispneia, vertigem e resistência do fluxo de ar. Os CEs geram carcinogênese, estresse oxidativo e aumento de nicotina na saliva e na urina, em valores próximos de usuários do CC. Estudos in vitro apontam que o CE causa alterações no DNA e na função dos tecidos ciliados, apoptose e aumento do estresse oxidativo. Estudos em animais evidenciam inflamação das vias aéreas, aumento da suscetibilidade a infecções, indução de mutações e ativação de oncogenes, resultando em carcinogênese. Dois estudos randomizados controlados com mais de 600 pacientes mostram que os CEs são mais eficazes que adesivos de nicotina em reduzir o consumo de CCs em 50% ou mais. Porém, essa redução não foi confirmada por dados bioquímicos. Um relato de caso de intoxicação com nicotina líquida apresentou paciente bradicárdico, hipotenso e letárgico; causada pelo manuseio do e-líquido. Conclusões: Os dados científicos são inconsistentes para recomendar o CE na CT e não há estudos de efeitos a longo prazo. O seu aerossol é oncogênico e deletério aos sistemas cardiovascular e respiratório e há possibilidade de intoxicação por nicotina líquida. Recomenda-se estudos populacionais mais amplos, que analisem a redução de riscos do CE em relação ao convencional e seu uso na CT. É urgente alertar a população quanto à potencialidade do seu uso e o combate à comercialização.

     

  • Palavras-chave
  • sistemas eletrônicos de liberação de nicotina, abandono do hábito de fumar, tabagismo
  • Área Temática
  • Clínica Médica, Cirúrgica e áreas afins
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