Introdução: O parto humanizado é uma reivindicação e um ideal das mulheres brasileiras desde meados do século passado. Na percepção de adolescentes negras, porém, esse ideal está longe de ser praticado e os preconceitos e julgamentos que relatam receber refletem no tipo de assistência que obtêm no meio hospitalar, majoritariamente ligado ao SUS. Discutir sobre o parto humanizado é colocar a mãe e o bebê como protagonistas deste momento único na vida de ambos. Métodos: Revisão bibliográfica nos bancos de dados SciELO, PUBMED e portais do Ministério da Saúde dos últimos vinte anos, com as palavras-chave: parto humanizado, adolescentes e SUS. Resultados: Há vinte anos o Ministério da Saúde instituiu o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN), uma proposta para os serviços que atendem o ciclo gravídico-puerperal, que deve em todo o processo acolher a mulher, independentemente de cor, respeitando os seus direitos e suas individualidades como diretrizes institucionais. Porém, o parto humanizado atualmente está em desacordo com a realidade atual das instituições e/ou dos profissionais, quando as necessidades desses se sobrepõem às necessidades das usuárias. Humanizar o parto significa torná-lo menos medicalizado, menos aterrorizante e sem práticas que por diversas vezes são desnecessárias tais como a indução do parto, a raspagem de pelos pubianos e a episiotomia, que acontece algumas vezes sem indicação. Nos estudos analisados foram observados relatos de parturientes negras que vivenciaram situações de violência antes ou durante o parto. Estes estudos apontam que a mulher negra por diversas vezes não tem os seus direitos assegurados. Por exemplo, à elas é negado o direito em ter um acompanhante. Os estudos analisados demonstraram situações em que o que há em comum é o desrespeito. Conclusão: Conclui-se que os profissionais devem conhecer mais sobre o parto humanizado e colocá-lo em prática durante a realização do cuidado às pacientes, especialmente as adolescentes negras, respeitando sua origem, cultura e escolhas e que tenham sensibilidade para entender a adolescência e suas singularidades. Com conscientização profissional, respeitando o processo fisiológico da mulher, a dinâmica de cada nascimento e a autonomia que a mulher, mesmo adolescente, deve ter durante o seu parto, ocorrerão cada vez mais, nascimentos saudáveis.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga