Introdução e objetivos: O câncer de colo de útero é um problema de saúde pública prevalente. O fator desencadeante de maior impacto é a infecção por cepas oncogênicas de Papilomavírus Humano (HPV), infecção sexualmente transmissível muito comum. A interação com o patógeno em si não é sinônimo de neoplasia, já que a maioria das portadoras elimina o vírus e regride a lesão dentro de, aproximadamente, 18 meses. Quando há o desenvolvimento de neoformação, a depender do estadiamento, o tratamento é baseado em radioterapia e quimioterapia com uso da cisplatina, agente antineoplásico de ação semelhante a drogas alquilantes do DNA celular. O propósito é demonstrar na prática clínica médica, possível efeito adverso do tratamento indicado e com isso possibilitar seu rápido manejo. Relato de caso: Paciente de 32 anos chega ao atendimento com queixa de metrorragia, dispareunia, lombalgia de forte intensidade e corrimento fétido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Durante a investigação, diagnosticado Carcinoma de Células Escamosas pouco diferenciado. Apresentou estadiamento II-B, onde não é indicada intervenção cirúrgica. Segue então com duas sessões quimioterápicas com cisplatina (dose de 40mg/m2) e radioterapia associada. Na evolução clínica, desenvolveu cãibras em face e membros inferiores. Ao exame físico, sinais de Chvostek e Trousseau positivos. Exames laboratoriais revelam hipocalemia (2,8mmol/L), hipocalcemia (7,33mg/dL) e hipomagnesemia (0,55mg/dL). Conclusões: O caso trouxe uma rica experiência clínica e fisiopatológica. No decorrer das sessões quimioterápicas, a cisplatina ocasionou um de seus principais efeitos adversos, a nefrotoxicidade. A lesão ocorre a nível do túbulo contorcido proximal (TCP) renal, onde diversos mecanismos podem estar envolvidos como o acúmulo de cisplatina, conversão metabólica a nefrotoxinas, lesão ao DNA, estresse oxidativo e resposta inflamatória. Como o TCP tem alta densidade mitocondrial, é um dos segmentos mais afetados. O quadro determina perdas eletrolíticas e respostas sintomatológicas. O conhecimento dessa entidade clínica pelo médico previne atraso diagnóstico e prejuízos no manejo adequado ao paciente.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga