RESISTÊNCIA BACTERIANA E OS EFEITOS ADVERSOS DA TERAPIA COM VANCOMICINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Cíntia Morais Vieira
  • Co-autores
  • Paula Horrana Almeida Alves , Mariana Bodini Angeloni
  • Resumo
  •  

    Introdução e objetivos: A Vancomicina é um antibiótico glicopeptídeo com espectro de ação para bactérias Gram-positivas. Clinicamente, foi introduzido em meados de 1950, mas usado em larga escala a partir dos anos 80 com o surgimento de infecções por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e oxacilina (ORSA). Diretrizes de monitoramento terapêutico da Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde sugerem concentrações mínimas de 10 mg/L e de 15-20 mg/L, respectivamente, para evitar o desenvolvimento de cepas resistentes e melhorar a penetração no tecido e resultados clínicos efetivos. Entretanto, além do surgimento de bactérias resistentes à Vancomicina como os Enterococcus sp. e S. aureus, sobretudo em unidades de terapia intensiva (UTIs), um notório efeito adverso do seu uso é a nefrotoxicidade, relacionada à dose e tempo de tratamento. O objetivo deste trabalho foi revisar o uso da Vancomicina associada à resistência em pacientes de UTIs e a ocorrência de lesão renal em decorrência da terapêutica ministrada. Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura contendo os seguintes descritores: “vancomycin”, “intensive care unit”, “resistant” e “nephrotoxicity”, entre 2015 e 2020, nas plataformas PubMed e SciELO. Resultados: O surgimento de Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE) e de S. aureus resistente à vancomicina (VRSA) representa um risco às UTIs, devido à disseminação de cepas multirresistentes entre os pacientes por meio de profissionais de saúde e de fômites. O tratamento de pacientes com bactérias resistentes a esse antibiótico requer a utilização de doses mais altas para uma efetiva terapêutica ou a associação com outros fármacos. A nefrotoxicidade como efeito adverso da Vancomicina está relacionada à maior duração da terapia, maiores concentrações, sendo potencializada com o uso concomitante de outros antibióticos com efeitos nefrotóxicos em virtude da resistência bacteriana. Sugere-se a infusão contínua como método de administração preferencial, monitoramento das concentrações, alterações de dosagem e níveis séricos de creatinina a fim de reduzir o risco de nefrotoxicidade. Conclusão: O surgimento de bactérias resistentes à Vancomicina representa uma ameaça aos pacientes de unidades de terapia intensiva e sua terapêutica está associada à ocorrência de nefrotoxicidade. É essencial o acompanhamento do paciente, com o intuito de proporcionar um tratamento eficaz e reduzir as complicações e taxas de mortalidade.

  • Palavras-chave
  • Efeito adverso, Resistente, Vancomicina.
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