Introdução e Objetivos: A trombofilia hereditária é uma condição relativamente comum na qual o sangue tem uma tendência crescente de desenvolver coágulos devido a mutações genéticas envolvidas na síntese de fatores de coagulação. Recentemente, muitos estudos levantaram a hipótese de que desfechos adversos da gravidez estariam associados à essa patologia. Isso ocorre porque a gravidez altera o sistema hemostático materno para um estado de hipercoagulabilidade, além de provocar uma diminuição acentuada na atividade anticoagulante. Essas alterações atuam como uma "rede de segurança" fisiológica para o período periparto, mas podem predispor a mãe e o feto a complicações durante o período gestacional. O objetivo desse trabalho é avaliar a relação da trombofilia hereditária em pacientes com resultados obstétricos adversos. Métodos: A partir da base de dados “BVS” foram selecionados artigos, entre 2015 e 2019, que correspondessem aos objetivos do trabalho. Os descritores utilizados foram “thrombophilia” e “pregnancy”. Resultados: Estudos recentes mostraram que a trombofilia hereditária é mais prevalente em mulheres com complicações obstétricas. No entanto, apesar do aumento do risco relativo, o risco absoluto de tromboembolismo venoso e desfechos adversos da gravidez é baixo. Há, ainda, evidências de que a deficiência de anticoagulantes naturais é um fator de risco para perda fetal tardia e as mutações do gene FVL e do gene da protrombina estão associadas a um duplo risco de perda periódica da gravidez e perda fetal tardia não recorrente. Além disso, pesquisas genéticas e epidemiológicas sugerem que as complicações obstétricas durante a gravidez têm uma etiologia multifatorial poligênica, com um risco determinado pela interação de múltiplas variantes genéticas e outros fatores de risco. Conclusões: Embora possa existir alguma associação entre hipercoagulabilidade e desfechos gestacionais, não foi observada correlação direta significativa entre desfechos obstétricos adversos e trombofilias congênitas. No entanto, devido ao uso difundido de anticoagulantes profiláticos e terapia antiplaquetária para mulheres com trombofilia e uma história de resultados adversos da gravidez com base na associação lógica entre processos trombóticos e essas complicações, que substituiu a escassez de dados que apoiam esse tratamento, faz-se necessário a realização de ensaios clínicos randomizados, para a confirmação dos dados evidenciados e discutidos.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga