Introdução e Objetivos: A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário (Toxoplasma gondii), que pode ser adquirida ou congênita. Nesse contexto, a toxoplasmose adquirida durante a gestação apresenta uma especial relevância, em razão dos danos causados ao desenvolvimento do feto. Dessa forma, diante dos recentes surtos dessa doença no Brasil, discute-se sobre a ampliação dos testes de triagem neonatal para a identificação da toxoplasmose congênita, o que pode contribuir para o aumento dos cuidados do neonato. O presente estudo tem por objetivo relacionar em que medida a proporção e frequência dos recentes surtos de toxoplasmose impactaram na decisão do Ministério da Saúde em ampliar os testes para a zoonose em recém-nascidos e identificar a maior relevância em saúde no rastreio/controle da forma congênita da doença. Métodos: A elaboração deste estudo descritivo observacional baseou-se em dados obtidos pelo Ministério da Saúde do Brasil e literatura científica, usando bases de dados eletrônicos SciElo, Pubmed e Google Acadêmico. Resultados: A toxoplasmose refere uma infecção que protagoniza surtos relevantes no Brasil. No ano de 2002, na cidade da Santa Isabel do Ivaí (PR), cerca de 426 pessoas tiveram resultados sugestivos de infecção aguda confirmado. No ano de 2006, houve em Goiás um surto, no qual cerca de 61 casos foram diagnosticados nas cidades de Goiânia, Inhumas e Pirenópolis. Em Santa Maria (RS), no ano de 2018, cerca de 617 casos foram indicados como suspeitos. A infecção apresenta consequências relevantes que podem ser evidenciadas a curto e longo prazo, tendo o seu controle por meio de medicamentos específicos. A transmissão que também se dá via transplacentária pode gerar desde abortos espontâneos e crescimento intrauterino restrito (CIUR) à encefalite, doenças neurológicas, distúrbios inflamatórios e anormalidades cardiovasculares que podem aparecer ao longo do crescimento. No entanto, o diagnóstico precoce, que é realizado pelos testes neonatal e pré-natal pode melhorar o prognóstico da infecção. Conclusão: A inclusão da toxoplasmose no Programa de Triagem Neonatal (PNTN) oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá redução da morbimortalidade e gerará melhor prognóstico. Essa realidade já presente em alguns estados brasileiros encontra-se motivada pelos benefícios aos recém-nascidos, capacidade de infraestrutura do SUS e relação custo/benefício do diagnóstico precoce favorável.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga