HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO A GESTANTES COMO ALTERNATIVA DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Lorem Stefany da Silva Pereira
  • Co-autores
  • Álvaro Luiz Fonseca Campos
  • Resumo
  •  

     

    Introdução e objetivos: Historicamente, a negação de direitos às mulheres está presente em todas as esferas sociais, inclusive no que se diz respeito a direitos reprodutivos. Essa negação gera graves violações e danos pessoais; a violência obstétrica é uma expressão muito comum dessa recusa no meio médico. O presente trabalho tem por objetivo avaliar publicações científicas nacionais e internacionais recentes buscando demonstrar a necessidade do atendimento humanizado da gestante, desde o pré-natal até o puerpério, para a garantia da autonomia da mulher e, consequentemente, a prevenção da violência obstétrica. Material e métodos: Revisão bibliográfica na base de dados BVS com os descritores “parto humanizado”, “gravidez” e “violência”, buscando artigos completos disponíveis publicados entre 2015 e 2020 para fins de análise de literatura mais recente. De 39 resultados, foram incluídos 18 artigos em português, inglês e espanhol e excluídos 21, duplicados ou que não possuíam enfoque na violência obstétrica. Resultados: Descreveu-se variadas formas de manifestação da violência obstétrica: moral, institucional física, sexual, e/ou verbal. A partir da hospitalização do parto, o protagonismo da mulher foi sendo esvaziado, o que a tornou objeto da intervenção dos profissionais e estabeleceu o médico como único detentor dos saberes relacionados ao nascimento. Como consequência, foi difundida a percepção de que a mulher seria incapaz física e psicologicamente de parir, tornando-a vulnerável a procedimentos invasivos e desnecessários sem sua ciência e/ou consentimento. Conclusões: A humanização do atendimento se coloca como ferramenta essencial para mitigar violências nos períodos pré e pós-parto. Algumas medidas se mostram eficazes no âmbito da humanização como: informar as gestantes sobre todo o processo de partejar, visto que o conhecimento é mecanismo de garantia da autonomia da mulher; prezar pela adoção de medidas e procedimentos baseados em evidências; oferecer acompanhamento integral a gestante e evitar intervenções desnecessárias que não tragam benefícios. A expressão ética e empática por parte do profissional no atendimento também é indispensável para um parto seguro e agradável. A humanização, portanto, se mostra como um importante recurso de combate à violência obstétrica, uma vez que coloca a mulher como protagonista e garante sua autonomia, seja através do letramento em saúde ou da prática ética e baseada em evidências por parte do profissional.

  • Palavras-chave
  • parto humanizado, gravidez, violência
  • Área Temática
  • Clínica Médica, Cirúrgica e áreas afins
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