REVISÃO DE LITERATURA: POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

REVISÃO DE LITERATURA: POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

• Autor
• Alexandre Marques Esteves
• Co-autores
• Carlos Henrique Gusmão Sobrinho , Maria Luiza Silva Teixeira , Nathália de Paula Silva
• Resumo

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  Introdução e objetivos: A população em situação de rua no Brasil passa por dificuldades segundo os determinantes sociais da saúde. Seu processo saúde-doença é negligenciado nos aspectos biopsicossociais. Muitos relatam a carência de atendimento clínico rotineiro, sendo substituído pelas unidades de pronto-atendimento em situações de urgência e emergência. Além da admissão nesses serviços ser dificultada pela falta de estrutura e insumos, há ainda a necessidade de apresentação de documentos, padronização de formulários, a lida com o medo e insegurança de profissionais, bem como, o preconceito sofrido por não atender os padrões sociais pré estabelecidos. Avaliar na literatura como os determinantes do processo saúde-doença influenciam o acesso ao serviço de saúde da população em situação de rua. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura de 16 artigos encontrados nas bases de dados Pubmed, Scielo, BVS e Periódicos CAPES. Os Descritores em Ciências de Saúde(DeCs) utilizados foram: “pessoas em situação de rua” AND “saúde” AND “processo saúde-doença” AND “Sistema Único de Saúde”. Os critérios de inclusão foram publicações em português e inglês feitas entre 2015 e 2020. Os critérios de exclusão foram artigos que estavam fora do recorte de tempo, ou não se relacionavam com o tema ou fora dos idiomas definidos. Resultados: A população em situação de rua tem sua saúde negligenciada, porém, serviços como os Consultórios na Rua (CnaR) buscam amenizar essa condição por meio de equipe multidisciplinar da Atenção Primária à Saúde(APS), específica para atender esse público. Suas ações destacam-se pela promoção do acesso à saúde, construção da longitudinalidade e equidade na prestação do atendimento integral na perspectiva da redução de danos e da clínica ampliada. Essas condutas, ainda não muito comuns no cotidiano das equipes de APS, buscam fortalecer os sujeitos como agentes ativos do seu processo de saúde-doença, valorizando a sua singularidade e subjetividade, já que o objetivo não é o assistencialismo, mas sim a atenção e cuidados continuados para a resolução de diferentes demandas e necessidades, que muitas vezes requerem articulação intersetorial. Conclusões: A fim de superar as barreiras existentes nesse contexto social, é necessário apoiar e incentivar iniciativas que fortaleçam a população em situação de rua como sujeito de direitos, facilitem seu acesso aos serviços públicos e contribuam com a quebrem paradigmas da sociedade.

   

• Palavras-chave
• Pessoas em situação de rua, Processo saúde-doença , Sistema Único de Saúde.
• Área Temática
• Epidemiologia e Saúde Coletiva

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