Introdução e objetivos: Segundo o DSM-5, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social, assim como por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades; os sintomas estão presentes desde o início da infância e prejudicam o funcionamento diário. Diante disso, o diagnóstico precoce desse acometimento é essencial para evitar um déficit no desenvolvimento cognitivo e social do indivíduo. Assim, este trabalho tem como objetivo apontar as principais causas do diagnóstico tardio de TEA no Brasil e suas implicações prognósticas na população. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir dos descritores “autism spectrum disorder” e “late diagnosis” na base de dados PubMed e foram encontrados 146 artigos publicados entre 2015 e 2020. Desses, oito estudos foram selecionados para análise por apresentarem relação ao tema. Resultados: O diagnóstico precoce de TEA enfrenta problemas ao redor do mundo. No Brasil, a média de tempo entre a observação dos primeiros sinais atípicos e o diagnóstico formal de TEA é de três anos. Isso se deve, muitas vezes, a um subjugamento por parte dos médicos frente às preocupações apresentadas pelos cuidadores desses indivíduos, descartando a possibilidade de diagnóstico antes mesmo de uma avaliação dos fatores de risco. Tal ação causa um prolongamento da angústia parental e um atraso nas intervenções necessárias para melhor qualidade de vida do sujeito. Os artigos analisados apontaram que autistas com diagnóstico tardio têm interação social limitada, o que contribui para o desenvolvimento de comorbidades ao longo da vida, como transtornos psiquiátricos associados. Outra consequência observada foi o déficit intelectual em indivíduos diagnosticados tardiamente, algo não tão presente em observações feitas na população com acompanhamento especializado precoce. Isso indica que a falta de tratamento adequado na infância contribui para déficits cognitivos e sociais em momentos posteriores da vida. Conclusões: Por fim, conclui-se que há uma má identificação e condução de diagnóstico de TEA por pediatras no Brasil, o que pode levar a várias comorbidades psíquicas e sociais ao autista adulto, sendo necessária uma maior capacitação desses profissionais. Além disso, a produção de mais estudos relacionados ao tema faz-se necessária, na medida em que a escassez desses contribui para a manutenção desse contexto.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga