Introdução e objetivos: No Brasil, mais de 98% dos óbitos por Hepatites Virais (HVs) de 1999 a 2018 foram causados por hepatites de transmissão parenteral (B, C e D). Isso se explica pela alta capacidade desses vírus levarem a insuficiência hepática fulminante, cirrose e carcinoma hepatocelular. Como a Organização Mundial da Saúde propôs redução de 90% das infecções e de 65% os óbitos por HVs de 2016 a 2030, mostra-se relevante a realização de estudos acerca desse grupo de doenças, sobretudo daquelas do subgrupo de transmissão parenteral. Assim, este trabalho visa avaliar a tendência das notificações de hepatites B, C e D nas Unidades Federativas (UFs) brasileiras. Material e métodos: Trata-se de um estudo ecológico que analisou as notificações entre 2009 e 2018. As taxas foram calculadas a partir do quociente do número de notificações pela população total, seguido pela multiplicação por 100 mil habitantes. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e na População Residente Estimada para o Tribunal de Contas da União, ambos disponíveis no DATASUS. Foi realizada a regressão de Prais-Winsten utilizando o logaritmo das taxas, obtendo-se os coeficientes ? de inclinação da reta, com os respectivos p-Valores. A tabulação e os cálculos foram feitos no Excel, e as análises, no STATA. Resultados: Houve 335.604 notificações no período, sendo 154.111 (45,9%) de hepatite B, 178.783 (53,3%) de C e 2.710 (0,8%) de D. A Taxa Média (TM) nacional foi 16,71 notificações/100mil hab, sendo a maior TM observada no Acre (93,71 notificações/100mil hab) (Razão de Prevalência = 5,61) e a menor no Piauí (2,84 notificações/100mil hab) (RP = 0,17). O maior número de notificações (43.572) e a maior taxa por 100 mil habitantes (21,14) ocorreram em 2016. Apenas o Acre apresentou tendência decrescente, enquanto dez estados (Rondônia, Pará, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul) apresentaram tendência crescente, e as demais 16 unidades, estacionária. Para o Brasil como um todo, encontrou-se tendência crescente. Conclusões: Observou-se que a maioria das UFs apresentou tendência crescente ou estacionária, (apenas o Acre apresentou tendência decrescente), o que resultou em uma tendência crescente para o país. Portanto, percebe-se a necessidade de intervenções para reverter esse crescimento, como o diagnóstico e o tratamento precoce de infectados, além de um maior incentivo à vacinação da população.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga