Introdução e Objetivos: O ciclo gravídico-puerperal tem melhores desfechos com um acompanhamento pré-natal (PN) adequado. No Brasil, há uma grande cobertura do PN, mas ainda existem entraves na maximização dessa taxa. Um deles é o estado civil da mãe que, por estar relacionado à sua situação pessoal, influencia a regularidade de idas ao acompanhamento do PN. Logo, este estudo tem como objetivo avaliar se existe associação entre estado civil materno e adequação ao PN no estado de Goiás em 2018. Materiais e Métodos: Neste estudo ecológico coletou-se os dados de Nascidos Vivos (NV) no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Separou-se os NVs segundo o estado civil da mãe (Solteira, Casada ou União consensual). A adequação ao PN avalia o início e a quantidade de consultas, sendo dividida em: Não fez PN, Inadequado e Adequado. Dados de gestantes viúvas ou divorciadas, bem como PN não classificado foram desconsiderados. Utilizou-se o teste Qui-Quadrado com nível de significância de 5% para analisar se as variáveis estão associadas. A tabulação foi feita no Excel e a análise estatística, no software SPSS. RESULTADOS: Foram contabilizados no total 91.965 NVs, sendo 39.205 (42,6%) de mães solteiras, 37.395 (40,7%) de mães casadas e 15.365 (16,7%) de mães em união consensual. Dentre todos os NVs, 68.604 (74,6%) tiveram pré-natal adequado. Entre as mães solteiras, 66,5% (Razão de Prevalência = 0,89; IC95% 0,88 - 0,90; p<0,001) dos NVs tiveram pré-natal adequado, enquanto que entre as casadas foram 84,5% (RP = 1,13; IC95% 1,12 - 1,15; p<0,001) e entre aquelas em união consensual, 71,1% (RP = 0,95; IC95% 0,93 - 0,97; p<0,001). O Qui-Quadrado de independência mostrou correlação estatística entre o estado civil materno e a adequação quanto ao pré-natal (X²(4) = 3.482,1; p<0,001). Conclusões: Conclui-se, portanto, que ser mãe solteira, e todos os fatores sociais subsequentes, está associado à uma pior qualidade do PN no estado de Goiás. As atitudes da gestante referentes ao PN são influenciadas positivamente ao receber cuidado e conforto durante a gestação, o que pode ser prejudicado com a ausência paterna. Além do incentivo à sua realização, o acompanhamento paterno ao PN materno vai além de vivenciar a gravidez da parceira: é compartilhar dúvidas e enfrentar medos, angústias e inquietações, provendo tranquilidade e esperança para si e sua companheira.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga