ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTADO CIVIL MATERNO E ADEQUAÇÃO AO PRÉ-NATAL EM 2018 NO ESTADO DE GOIÁS

  • Autor
  • Marielly Augusto Silva
  • Co-autores
  • Vinícius Barros Chaves , Vinicius da Silva Oliveira , Victor Dourado Áquila , Luís Henrique Candini1 , Márcio Augusto Ferreira Rodrigues
  • Resumo
  •  

    Introdução e Objetivos: O ciclo gravídico-puerperal tem melhores desfechos com um acompanhamento pré-natal (PN) adequado. No Brasil, há uma grande cobertura do PN, mas ainda existem entraves na maximização dessa taxa. Um deles é o estado civil da mãe que, por estar relacionado à sua situação pessoal, influencia a regularidade de idas ao acompanhamento do PN. Logo, este estudo tem como objetivo avaliar se existe associação entre estado civil materno e adequação ao PN no estado de Goiás em 2018. Materiais e Métodos: Neste estudo ecológico coletou-se os dados de Nascidos Vivos (NV) no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Separou-se os NVs segundo o estado civil da mãe (Solteira, Casada ou União consensual). A adequação ao PN avalia o início e a quantidade de consultas, sendo dividida em: Não fez PN, Inadequado e Adequado. Dados de gestantes viúvas ou divorciadas, bem como PN não classificado foram desconsiderados. Utilizou-se o teste Qui-Quadrado com nível de significância de 5% para analisar se as variáveis estão associadas. A tabulação foi feita no Excel e a análise estatística, no software SPSS. RESULTADOS: Foram contabilizados no total 91.965 NVs, sendo 39.205 (42,6%) de mães solteiras, 37.395 (40,7%) de mães casadas e 15.365 (16,7%) de mães em união consensual. Dentre todos os NVs, 68.604 (74,6%) tiveram pré-natal adequado. Entre as mães solteiras, 66,5% (Razão de Prevalência = 0,89; IC95% 0,88 - 0,90; p<0,001) dos NVs tiveram pré-natal adequado, enquanto que entre as casadas foram 84,5% (RP = 1,13; IC95% 1,12 - 1,15; p<0,001) e entre aquelas em união consensual, 71,1% (RP = 0,95; IC95% 0,93 - 0,97; p<0,001). O Qui-Quadrado de independência mostrou correlação estatística entre o estado civil materno e a adequação quanto ao pré-natal (X²(4) = 3.482,1; p<0,001). Conclusões: Conclui-se, portanto, que ser mãe solteira, e todos os fatores sociais subsequentes, está associado à uma pior qualidade do PN no estado de Goiás.  As atitudes da gestante referentes ao PN são influenciadas positivamente ao receber cuidado e conforto durante a gestação, o que pode ser prejudicado com a ausência paterna. Além do incentivo à sua realização, o acompanhamento paterno ao PN materno vai além de vivenciar a gravidez da parceira: é compartilhar dúvidas e enfrentar medos, angústias e inquietações, provendo tranquilidade e esperança para si e sua companheira. 

     

  • Palavras-chave
  • Cuidado pré-natal, Atenção primária à saúde, Estado conjugal
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