CRIAÇÃO DE ALGORITMOS DIAGNÓSTICOS PARA O MANEJO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL E CONGÊNITA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

CRIAÇÃO DE ALGORITMOS DIAGNÓSTICOS PARA O MANEJO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL E CONGÊNITA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

• Autor
• Giuliana Moura Marchese
• Co-autores
• Geovanna Camargo Salazar , Karoline Mariane Julião , Rafaella Lorrayne Aquino Neto , Gabriela Arantes Araujo , Mariana Bodini Angeloni
• Resumo

• Introdução e objetivos: A toxoplasmose é um problema de saúde pública mundial. A transmissão ocorre pelo contato com fezes de felídeos, ingestão de alimentos contaminados e via transplacentária, associada a abortos, lesões oculares e neurológicas ao feto. Tanto profissionais de saúde quanto gestantes devem ser bem orientados para a prevenção da doença e realização do correto diagnóstico a fim de minimizar lesões. Apesar de existirem protocolos do Ministério da Saúde sobre o tema, eles mostram-se desatualizados. Portanto, o objetivo desse trabalho foi evidenciar o nível de conhecimento dos profissionais de saúde quanto à doença e criar algoritmos diagnósticos capazes de auxiliá-los. Material e Métodos: O projeto foi conduzido por uma docente e discentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Jataí, em Unidades de Atenção Primária a Saúde do município, entre 2019 e 2020. Foi investigado o conhecimento dos profissionais sobre a toxoplasmose gestacional e congênita utilizando questionários. Após análise das respostas, foram realizadas capacitações com esses profissionais e algoritmos diagnósticos foram elaborados, para facilitar e aprimorar o atendimento às gestantes, otimizando o diagnóstico da toxoplasmose gestacional e congênita. Resultados: Observou-se significativa desinformação dos profissionais, com 70% apresentando dúvidas sobre as formas de transmissão. Desses, 30% respondeu ser possível a contaminação através de fezes de animais que não felídeos e 30% acreditava que somente gatos poderiam se infectar com o parasito. Do total, 25% afirmou que evitar o consumo de carne crua/mal cozida não seria uma forma de prevenção e 100% acreditava que a gestante infectada preconcepção teria proteção total contra a doença, apesar de estudos relatarem a possibilidade de reativação da doença materna crônica e de reinfecção por cepas distintas. Por fim, 95% afirmou utilizar cartilhas e protocolos do Ministério da Saúde para se manter atualizados sobre doenças infecciosas na gestação. A partir desses dados, foram elaborados 3 fluxogramas diagnósticos, sendo 2 voltados para a toxoplasmose gestacional e 1 para diagnóstico em neonatos. Conclusões: Portanto, ao verificar a falta de informações dos profissionais de saúde sobre a doença, ficou evidente a necessidade de ações educativas para profilaxia da toxoplasmose congênita, além da importância de criação de algoritmos que possibilitem a ampliação do rápido e correto diagnóstico e início precoce do tratamento.

• Palavras-chave
• Toxoplasmose Congênita, Saúde Pública, Educação.
• Área Temática
• Epidemiologia e Saúde Coletiva

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