Introdução: A epilepsia é uma neuropatia, onde os pacientes possuem predisposição para crises epilépticas espontâneas e recorrentes. Estima-se que mais de 70 milhões de pessoas sofram de epilepsia e aproximadamente 30% são resistentes aos medicamentos convencionais. Portanto, existe a necessidade de outras opções terapêuticas. Ademais, alguns componentes da planta Cannabis possuem propriedades antiepilépticas, como o Canabidiol (CBD). O canabidiol não exerce efeitos psicoativos e mostrou propriedades antiepilépticas tanto em estudos pré-clínicos como clínicos, possuindo ainda, ações anti-inflamatórias, antitumorais e induzindo neuroproteção. Têm-se como objetivo reunir e analisar conhecimentos sobre os potenciais efeitos do canabidiol no tratamento da epilepsia refratária, com intuito de facilitar o encontro de informações sobre o assunto. Método: A partir da base de dados ''PubMed'' foram selecionados artigos, entre 2016 e 2019, que correspondem aos objetivos do trabalho. Os descritores utilizados foram "cannabidiol" e "epilepsy". Resultados: O canabidiol é capaz de controlar a epilepsia tanto em adultos quanto em crianças. Há efeitos interconectados que ocorrem no cérebro de indivíduos epilépticos, como aumento da neurotransmissão glutamatérgica, neuroinflamação e estresse oxidativo. O CBD é capaz de reduzir esses efeitos, pois diminui a disfunção mitocondrial e a inflamação causada por citocinas. O canabidiol também é capaz de inibir a expressão proteica da glicoproteína P, envolvida na aquisição de resistência aos antiepilépticos. Essa glicoproteína em excesso gera baixa penetração dos medicamentos, ou seja, infere-se que o canabidiol poderia ser usado como terapia adjuvante com outros medicamentos antiepilépticos, melhorando a biodistribuição e o acesso ao sistema nervoso central. Ademais, o canabidiol possui um potencial neuroprotetor, uma vez que atrasa a epileptogênese e reduz a excitabilidade neuronal, o que poderia ser útil para gerenciar também outros distúrbios cerebrais. Conclusão: A eficácia do canabidiol não foi comprovada em ensaios clínicos significativos. Portanto, mais estudos pré-clínicos e clínicos são necessários para avaliar melhor o perfil terapêutico potencial do CBD na epilepsia, embora os dados disponíveis sejam promissores.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga