USO DE MACONHA MEDICINAL NO TRATAMENTO DE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

  • Autor
  • Giovana Barcelos Cunha Felipe
  • Co-autores
  • Luiza Ferro Marques Moraes , Thaís Cunha Aguiar Gomes , Graziela Torres Blanch
  • Resumo
  • Introdução e objetivos: As plantas do gênero Cannabis têm sido foco mundial de estudos por provocar efeitos variados no organismo. Esses efeitos ocorrem por ativação do sistema endocanabinóide. Vulgarmente conhecida como maconha, a planta possui mais de 100 substâncias ativas em sua composição, incluindo psicoativos.  Os usos social e medicinal permanecem proibidos (ou extremamente restritos) em vários países do mundo. Porém, nos últimos anos, essa planta tem sido alvo de estudos que avaliam a eficácia de algumas substâncias, como o canabidiol, no tratamento de diversas enfermidades, dentre elas, o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Marcada por perturbações do desenvolvimento neurológico, a condição engloba sintomas variados, sendo caracterizada como um espectro por apresentar diversos graus de manifestação. O objetivo deste trabalho é revisar sobre o uso da maconha medicinal no tratamento de TEA. Métodos: Foi utilizada a plataforma “PubMed” para a busca de artigos, usando os descritores (“cannabis” OR “medicinal marijuana”) AND “autism” e os filtros “humans” e “2015-2020”. Foram encontrados 26 artigos em inglês, sendo que 10 foram descartados por não abordarem o tema proposto. Resultados: Os artigos revisados continham conclusões divergentes acerca da prescrição da maconha medicinal para autistas. No entanto, é quase unânime na literatura que o canabidiol e o tetrahidrocanabidiol possuem o potencial de atenuar diversos sintomas do transtorno, como a ansiedade e os problemas comportamentais e de comunicação, e que essas substâncias aparentam ser, até o momento, seguras para uso adulto e pediátrico. Alguns estudos, no entanto, discorrem sobre a falta de evidências definitivas que apontem o efeito a longo prazo da Cannabis no cérebro em desenvolvimento, uma vez que o autismo costuma ser diagnosticado ainda na infância. Ademais, são apontados efeitos adversos nessa abordagem terapêutica, sendo inquietação o mais comum. Conclusão: A Cannabis se configura como um tratamento eficaz promissor para um transtorno ainda pouco compreendido e muito limitado no que diz respeito a abordagens terapêuticas, mas ainda carece de mais estudos clínicos que comprovem, definitivamente, sua segurança. Por fim, destaca-se que o médico deve ter conhecimento sobre o assunto, e este deve ponderar acerca das implicações éticas da prescrição; riscos e benefícios devem ser considerados.

  • Palavras-chave
  • cannabis, maconha medicinal, transtorno do espectro autista.
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