PERFIL DE MORTALIDADE POR DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

  • Autor
  • Júlia Fonseca Carneiro
  • Co-autores
  • Giovana Barcelos Cunha Felipe , Luiza Ferro Marques Moraes , Cláudia Cleinne Barcelos Cunha
  • Resumo
  •  

    Introdução e objetivos: De acordo com o Relatório Global sobre Álcool e Saúde, de 2018, divulgado pela Organização Mundial de Saúde, o consumo de álcool compreende cerca de 43% da população brasileira, sendo mais prevalente entre os homens. A doença hepática alcoólica (DHA) é consequência direta do uso excessivo do álcool e é multifatorial, a qual inclui no seu espectro a esteatose, hepatite alcoólica, cirrose e carcinoma hepatocelular. Visto que alguns desses quadros clínicos podem se tornar graves, há a necessidade de se dar mais atenção à doença, já que a maioria dos indivíduos afetados não apresentam sintomas. Portanto, o objetivo deste estudo é traçar o perfil epidemiológico de mortalidade, por DHA, no Brasil, segundo região e sexo, no período de 2010 a 2018. Material e métodos: Estudo epidemiológico descritivo observacional, com dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio do Sistema de Mortalidade (SIM/DATASUS). Os dados foram analisados segundo as regiões do Brasil e sexo, no período de 2010 a 2018. Como critério de exclusão, foram descartadas todas as mortes com sexo ignorado. Resultados: No período analisado, houve um total de 93.234 mortes por DHA, no Brasil. A região que possui a maior taxa de mortalidade foi a região Sudeste, com 37.543 mortes (40,3%), sendo 32.856 mortes no sexo masculino e 4.687 no sexo feminino. As outras regiões foram: Nordeste, com 28.686 (30,8%) mortes, sendo 25.326 no sexo masculino e 3.360 no sexo feminino; Sul, com 15.368 (16,5%) mortes, sendo 13.826 no sexo masculino e 1.542 no sexo feminino; Centro-Oeste, com 7.874 (8,4%) mortes, sendo 6.802 no sexo masculino e 1.072 no sexo feminino; e, finalmente, a região Norte, com 3.763 (4%) mortes, sendo 3.328 no sexo masculino e 435 no sexo feminino. Quanto ao sexo, no geral, 88,1% das mortes foram de indivíduos do sexo masculino e 11,9%, do feminino. Conclusões: As taxas de mortalidade, por DHA, não foram homogêneas no Brasil, sendo o Sudeste mais afetado, o que se justifica pela grande densidade demográfica da região e, adicionalmente, à existência de mudanças no diagnóstico e tratamento da doença e qualidade dos sistemas de informação. O número de óbitos por DHA foi expressivo em indivíduos do sexo masculino e, levando em consideração que a maioria deles poderiam ter sido evitados, observa-se a necessidade da prevenção e redução do alcoolismo, voltada especialmente para os homens, a fim de reduzir a prevalência da DHA. 

  • Palavras-chave
  • Doença Hepática Alcoólica, Mortalidade, Epidemiologia
  • Área Temática
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva
Voltar Download
  • Área básica
  • Clínica Médica, Cirúrgica e áreas afins
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva
  • Humanidades
  • Tecnologia em Saúde

Comissão Organizadora

I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo

Comissão Científica

Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga