PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR NEOLPLASIA MALIGNA DE PÂNCREAS NO BRASIL

  • Autor
  • Thaís Cunha Aguiar Gomes
  • Co-autores
  • Júlia Fonseca Carneiro , Pedro Paulo Rodrigues de Macêdo , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
  • Resumo
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    Introdução e Objetivos: Os tumores de pâncreas mais comuns são do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. Por ser de difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo. No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico das internações, por câncer de pâncreas, nas regiões brasileiras, segundo faixa etária e cor da pele, entre os anos de 2015 e 2019, analisou-se também, a taxa de mortalidade. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo, realizado através de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio do Sistema de Informações do SUS (SIH/SUS). Em que foram analisados o número de internações, por neoplasia maligna de pâncreas, pelo ano de processamento da informação, entre 2015 e 2019. Além disso, foi avaliado também a taxa de mortalidade, segundo faixa etária, cor da pele e regiões do Brasil. Resultados: No período analisado foram registradas no Brasil 52.070 internações por câncer de pâncreas. A região Sudeste foi a que apresentou o maior percentual de hospitalizações, 41,8% (n=25.420); seguida pela região Sul, representando 25,8% do total (n=13.444); região Nordeste com 16,0% (n=8.297); região Centro-oeste, 6,2% (n=3.216); e por último a região Norte com 3,2% (n=1.693). Em relação a taxa de mortalidade, a região Norte apresentou o maior percentual, 29,1%, e a região Nordeste o menor, 24,5%. Em relação a faixa etária, a maior frequência de internações foi em pacientes de 60 a 69 anos (n=16.531), com uma taxa de mortalidade de 25,15%; seguido pelos pacientes de 50 a 59 anos (n=12.578), com 21,46% de óbitos; acompanhado pelo grupo etário de 70 a 79 anos (n=11.253),  com taxa de mortalidade de 30,79%. Indivíduos brancos foram os que apresentaram o maior número de internações, representando 48,70% do total (n=25.353); seguido pelos pardos que representaram 30,11% das internações (n=15.680). Conclusão: Observou-se que as internações por câncer de pâncreas não foram homogêneas no Brasil, sendo predominante na região Sudeste, no entanto, a maior taxa de mortalidade ocorreu na região Norte. Ademais, foram recorrentes as hospitalizações de pacientes de idade avançada e de cor branca.

     

  • Palavras-chave
  • Internações, Epidemiologia, Câncer de pâncreas.
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