Projeto Cabines de Telemedicina: a tecnologia a serviço da saúde em Jataí-GO

Projeto Cabines de Telemedicina: a tecnologia a serviço da saúde em Jataí-GO

• Autor
• Marco Antônio da Silva Júnior
• Co-autores
• Sanmer Jhaffer Santos Ferreira , Vitória Moraes de Campos Belo , Niuza Tomaz Marques , Márcia Carolina Mazzaro , Julia de Miranda Moraes
• Resumo

• Introdução e objetivos: Com a pandemia de Covid-19, causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2), a telemedicina ganhou ainda mais evidência por ser um meio alternativo capaz de prover assistência médica, principalmente aos pacientes que necessitam de um acompanhamento ambulatorial frequente, como os portadores de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), os quais constituem grupo de risco para desfechos mais graves dessa doença. Diante disso, esse projeto tem como propósito promover, por meio da telemedicina, o acesso à saúde a esses pacientes, bem como evitar grandes deslocamentos e aglomerações de pessoas nos centros de saúde, além de garantir a consulta com as especialidades necessárias para o controle de comorbidades. Relato de Experiência: O projeto é realizado sob coordenação da Liga Acadêmica de Telemedicina e Telessaúde (MedTech) do curso de Medicina da Universidade Federal de Jataí (UFJ), a qual é responsável pela instalação e monitoramento do sistema, bem como seleção e capacitação dos voluntários, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Jataí. Para isso, são disponibilizados recursos físicos (consultórios e controle do fluxo de pessoas na unidade), tecnológicos (computador e celular com acesso à internet e impressora) e humanos (voluntários capacitados em técnicas semiológicas e no manuseio de plataformas digitais), além de equipamentos de proteção individual (avental descartável, máscara N95, protetor facial e luvas). As consultas são marcadas previamente de modo a evitar filas e respeitar o agendamento dos pacientes ambulatoriais e ocorrem em Unidades Básicas de Saúde, sendo conduzidas por internos voluntários do curso de Medicina da UFJ e acompanhadas via remota pela médica responsável pelo caso. Dessa forma, é feito o atendimento de forma integral, com anamnese, exame físico, discussão do caso e solicitação de exames, os quais são assinados posteriormente pela médica. Conclusões: O projeto facilitou o acesso aos médicos especialistas sem que houvesse deslocamentos para os ambulatórios de doenças crônicas ou Hospital das Clínicas Serafim de Carvalho e não houve prejuízo no atendimento. Foi possível observar que o modelo pôde ser aplicado satisfatoriamente na rede pública de saúde do município, de forma que se tem perspectiva de aplicar também para moradores da zona rural. Para os internos de Medicina possibilitou a educação contínua, a aplicação dos conhecimentos semiológicos e o raciocínio clínico durante a pandemia.

• Palavras-chave
• Doenças não Transmissíveis, Infecções por Coronavirus, Telemedicina
• Área Temática
• Tecnologia em Saúde

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