Introdução e objetivos: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma antropozoonose crônica e sistêmica, causada por protozoários do gênero Leishmania. É um grave problema de saúde pública devido sua letalidade maior que 90% quando não tratada. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico dos casos de LV notificados no estado de Mato Grosso, no período de 2010 a 2019, segundo variáveis de interesse demográfico e clínico. Material e métodos: Os dados usados foram coletados do Sistema de base de dados da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grossono período de 2010 a 2019. Os resultados foram analisados no programa Excel e os dados expressos em frequência relativa e/ou absoluta. Resultados: Foram notificados nesse período 313 casos de LV, acometendo 206 (65,8%) indivíduos do sexo masculino e 107 (34,2%) indivíduos do sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi entre 0 a 9 anos (41,4%), seguida por 30 a 39 anos (14,3%), 40 a 59 anos(13,6%), 20 a 29 anos (13,3%), acima de 60 anos (9,9%) e por fim a menos acometida foi entre 10 a 19 anos (7,1%). O ano de 2011 foi o período com mais notificações de início dos sintomas (16,9%), seguido de 2012 (16,2%) e 2019 foi o que teve o menor número de relatos (4,1%). Em relação aos sintomas, observou-se que 80,5% dos casos apresentaram esplenomegalia, 78,9% hepatomegalia, em 92% houve febre, em 76% emagrecimento, 81,7% queixaram-se de fraqueza e 74,7% aparentaram palidez, 40,6% tiveram tosse e diarréia e 30 casos (32,7%) tinham coinfecção HIV. Quanto à frequência nas macrorregiões, a Sul teve 59,2% dos casos, seguida pela Centro-Norte 23,8%, Norte 9,3%, Leste com 6,4% e Oeste com apenas 1,3% dos casos notificados. Conclusão: Os resultados encontrados no estado de Mato Grosso mostram maior acometimento de LV no sexo masculino, faixa etária de 0-9 anos, apresentando a hepatoesplenomegalia, emagrecimento e febre como as sintomatologias mais frequentes, corroborando com os achados descritos na literatura. O maior número de casos ocorreu na macrorregião Sul do estado, que inclui a cidade de Rondonópolis. Diante do exposto, depreendemos que estudos epidemiológicos são fundamentais para a implantação das ações de controle e prevenção da leishmaniose pelos órgãos de saúde, de acordo com as características e necessidades da população local.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga