ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS GENETICISTAS NO BRASIL EM 2018

ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS GENETICISTAS NO BRASIL EM 2018

• Autor
• Izadora Rodrigues da Cunha
• Co-autores
• Felipe de Andrade Bandeira , Breyner Rodrigues da Silva Júnior , Edlaine Faria de Moura Villela
• Resumo

•  

  Introdução e objetivos: A transição do perfil epidemiológico e demográfico brasileiro nos últimos anos resultou em uma prevalência das doenças crônicas não-transmissíveis. Esse contexto corrobora para que essas doenças, em maioria com determinantes genéticos, ganhem mais visibilidade, resultando na necessidade de profissionais médicos geneticistas os quais são preparados para atender esses pacientes. No entanto, a estrutura demográfica médica no Brasil não condiz com essas necessidades o que impacta diretamente na formação de medicina e na carência de serviços de saúde da área. Dessa forma, buscou-se descrever a distribuição e concentração regional dos médicos geneticistas no país. Métodos: O estudo descritivo transversal foi feito por meio de uma análise de dados coletados nos websites da Sociedade Brasileira de Genética Médica e do Conselho Federal de Medicina. Foi feita uma análise da demografia médica brasileira focada na especialidade de Genética Médica no ano de 2018. Resultados: A análise descritiva dos dados apontou um total de 305 especialistas na genética médica, número insuficiente para atender a população brasileira, uma vez que a cada 100 mil habitantes há 0,15 profissionais. Ademais, observou-se que essa residência é uma das menos procuradas pelos médicos, haja vista ser de 0,1% a proporção de geneticistas em relação ao total de especialistas. Acrescenta-se a essa situação de desconhecimento e desvalorização da área, por parte dos profissionais de saúde, uma considerável desigualdade regional brasileira da quantidade de serviços relacionados à genética. Do total de médicos geneticistas, 58,7% concentram-se na região Sudeste em contraste com a região Norte, onde encontra-se apenas 1,3% desses profissionais. Acompanha também essa desproporção na região Centro-Oeste com apenas 9,2% e Nordeste com 11,5%. Além disso, no Brasil existem meramente 107 serviços públicos de genética médica, dos quais 33 estão no estado de São Paulo e 15 no Rio de Janeiro. Conclusões: O perfil demográfico dos médicos brasileiros retrata a insuficiência de profissionais na área da genética médica e a concentração na região Sudeste. Esse prejuízo é notório na graduação médica, pois além da escassez de preceptores da área, os estudantes apresentam crítica necessidade de desenvolverem habilidades de reconhecimento das doenças de origem genética e de manejo dos pacientes que apresentem comorbidades, a fim de mitigar a urgência desses especialistas na saúde pública.

   

• Palavras-chave
• Genética Médica, Educação médica, Serviços de saúde.
• Área Temática
• Área básica

Voltar Download