PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR COLELITÍASE E COLECISTITE NO BRASIL

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR COLELITÍASE E COLECISTITE NO BRASIL

• Autor
• Maria Victoria dos Santos Almeida
• Co-autores
• Keyse Mirelle Carregosa Ribeiro
• Resumo

• Introdução e objetivos: A colelitíase é uma patologia frequente, caracterizada pela presença de um ou mais cálculos dentro da vesícula biliar. Ademais, a colecistite pode ser uma das consequências da litíase biliar, resultando na inflamação aguda ou crônica da vesícula e sendo uma das doenças mais comuns em casos de emergência. Este estudo teve como objetivo realizar análise dos dados e perfil epidemiológico relacionados à morbidade hospitalar do Sistema Único de Saúde pela Colelitíase (CID 10 – K80) e Colecistite (CID 10 - K81), de acordo com as variáveis sexo, raça e faixa etária, no período correspondido entre 2017 a 2019. Métodos: O estudo se caracteriza como ecológico descritivo, de série temporal, onde foi realizada a coleta de dados no Sistema de Informações de Saúde (TABNET), pela consulta da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. A análise epidemiológica foi baseada no período de 2017 a 2019, através da comparação entre números de casos segundo sexo, raça e faixa-etária. Resultados: Do total de 831.434 casos de internações por colelitíase e colecistite no Brasil, do ano de 2017 a 2019, houve um aumento exponencial significativo, especialmente no ano de 2019, onde foram registrados 290.195 casos de internações em todo o país e o menor registro no ano de 2017, que obteve um total de 261.115 casos. Dos registros segundo sexo, há uma maior prevalência no sexo feminino, com um total de 637.849 (76,71%) dos casos de internações, enquanto que o sexo masculino apresentou um total de 193.585 (23,29%). Quando avaliada a variável raça, a raça parda apresentou um maior número, correspondendo a um total de 305.897 (36,79%) casos, seguido da raça branca, 300.928 (36,19%) número de internações, além disso, houve uma elevada subnotificação da categoria. Com relação à faixa-etária, observou-se que entre 40 a 49 anos representavam a maioria, com um total de 166.313 (20%), seguido da faixa etária entre 30 a 39 anos, 164.375 (19,77%). Conclusão: Do período de 2017 a 2019, houve um aumento significativo do número de casos das internações por colelitíase e colecistite, especialmente no sexo feminino, que obteve o maior registro das patologias, assim como a raça parda e a faixa-etária compreendida entre 40 a 49 anos. 

• Palavras-chave
• Colecistite, Colelitíase, Internações
• Área Temática
• Epidemiologia e Saúde Coletiva

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