AS CONSEQUÊNCIAS DA HIPOVITAMINOSE D DURANTE A GESTAÇÃO EM MULHERES E RECÉM-NASCIDOS

AS CONSEQUÊNCIAS DA HIPOVITAMINOSE D DURANTE A GESTAÇÃO EM MULHERES E RECÉM-NASCIDOS

• Autor
• Kemilly Gonçalves Ferreira
• Co-autores
• Maryanna Freitas Alves , Ana Bárbara de Brito Silva , Ana Carolina Moraes de Oliveira , Lara Cândida de Sousa Machado
• Resumo

•  

  Introdução e objetivos: A vitamina D ou calciferol é uma vitamina lipossolúvel, produzida especialmente na pele que se expõe à luz solar, podendo ser obtida em menor quantidade por meio da dieta. Durante a gestação, os níveis dessa vitamina aumentam no organismo materno para que haja a formação do esqueleto fetal e uma regulação do sistema imune inato e adaptativo a fim de elevar a tolerância da mãe aos aloantígenos fetais. Assim, o objetivo desse trabalho é revisar as consequências da hipovitaminose D em mulheres gestantes e as repercussões em seus recém-nascidos. Métodos: A busca das produções científicas foi realizada no “PubMed”, no “Scielo” e no “LILACS”, sendo selecionados os artigos entre 2015 e 2020. Os descritores utilizados foram “vitamin D” e “pregnancy”. Resultados: Durante a gestação, a hipovitaminose D no organismo materno pode resultar em consequências importantes para a mãe, repercutindo também na saúde do recém-nascido. Tendo isso em vista, a mulher que apresentar o quadro de deficiência de vitamina D estará sujeita à falhas reprodutivas, como infertilidade e perda recorrente de gravidez, ao aumento da pressão arterial e ao risco elevado de desenvolvimento de eclampsia. Ainda, pode haver um aumento da glicemia materna, resultando em risco elevado de desenvolvimento de diabetes mellitus gestacional e um aumento do risco de transmissão congênita e peri/pós-natal de citomegalovírus em mulheres que estejam infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os efeitos da hipovitaminose D no organismo do recém-nascido também podem variar, sendo que a principal repercussão vista é a sensibilização à alérgenos, aumentando, assim, o risco de desenvolvimento de rinite alérgica, bronquite e asma. Ademais, a criança pode apresentar baixo peso ao nascer, anormalidade nos elementos que compõe o sistema imunológico, principalmente em fetos masculinos, aumento do risco de desenvolvimento dos distúrbios do espectro autista e até mesmo dimorfismo sexual. Conclusões: A deficiência de vitamina D no organismo materno durante a gestação pode gerar várias consequências danosas tanto para as mães, quanto para os recém-nascidos, sendo preciso suplementá-la em casos em que a dosagem esteja abaixo dos valores de referência. Assim, é importante que mais pesquisas sejam realizadas a fim de se investigar os diferentes papeis da vitamina D na gestação e a importância da sua suplementação durante esse período.

• Palavras-chave
• Vitamina D, deficiência de vitaminas, complicações na gestação
• Área Temática
• Clínica Médica, Cirúrgica e áreas afins

Voltar Download