INTRODUÇÃO: Linfedema é uma condição na qual há excesso de liquido intersticial no espaço tecidual causado por um distúrbio do sistema linfático. É conhecido também como edema linfático, porém, possui características que o diferencia de edemas de outras patologias em outros órgãos e sistemas. Pode ser classificado em dois tipos: primário e secundário. O primário é congênito e hereditário, ocorrendo 1 caso a cada 6.000 nascimentos, engloba doenças raras, geralmente é causado pela má formação de canais linfáticos ou gânglios linfáticos e classifica-se em função da idade em congênito, precoce ou tardio. Já o secundário ou adquirido é um edema que se desenvolve durante o decorrer da vida do paciente. O linfedema pode ser causado por operações, infecções ou lesões, por exemplo, são mais frequentes. Seu diagnóstico é principalmente clínico, baseado na história, exame físico e exclusão de outras probabilidades. OBJETIVO: Relatar o caso de uma criança portadora de linfedema, cuja vascularização dos membros inferiores estava prejudicada, causando dor e edema. MÉTODO: As informações obtidas foram por meio da revisão do prontuário médico, consulta com a paciente, registro fotográfico da condição clínica da paciente e revisão da literatura. ANÁLISE CRITICA: Paciente, sexo feminino, 5 anos de idade é acompanhada pela Pediatria em junho/2019 com histórico de edema de membros inferiores desde o nascimento. Na história familiar há relatos da presença da afecção nos avós. No exame físico observou-se a presença de edema em membros inferiores (+3/+4) e Sinal do Cacifo positivo. Foram solicitados exames laboratoriais de rotina, dos quais encontrou-se alterada apenas a glicemia=98mg/dL. Na consulta seguinte, outubro/2019, a paciente retornou com queixas de dor em membros inferiores aos esforços, que melhoravam com repouso e permanência do edema no local. Além disso, acompanhante relata realizar fisioterapia na paciente com massagens nos membros acometidos, resultando em discreta redução do edema. CONCLUSÃO: O linfedema, até então, consta apenas com tratamento sintomático, não proporcionando a sua cura que, consequentemente, acarreta em um grande desafio para sua terapêutica. O diagnóstico precoce previne a rápida evolução e possíveis complicações, como as infecções de repetição. Podemos concluir, baseado nos sinais, sintomas, histórico familiar e exclusão de outras possibilidades, que a paciente apresenta linfedema primário fazendo uso de tratamento conservador, utilizando métodos para melhorar a drenagem linfática local como fisioterapia e massagens. Vale ressaltar a grande importância que esses pacientes ao serem diagnosticados, sejam acompanhados e tenham suporte interdisciplinar para o sucesso do tratamento.
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