INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é responsável pelo início súbito de alterações neurológicas focais, podendo provocar alterações motoras, visuais, sensitivas e de linguagem respectivas à área acometida e a extensão da lesão, sendo classificado em hemorrágico ou isquêmico. O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é causado por oclusão vascular específica que prejudica a perfusão, interrompendo o fornecimento de oxigênio e glicose ao tecido cerebral, causando falhas nos processos metabólicos da região afetada, promovendo assim, a morte neuronal por isquemia tecidual. Nesse contexto, o tratamento do AVC Isquêmico tem como objetivo, evitar a progressão da penumbra isquêmica, e promover a recuperação neurológica e funcional do paciente, sendo de grande importância clínica o menor intervalo de tempo entre o início dos sintomas e a terapia. Diante disso, é valido destacar que os fatores endógenos que ativam o plasminogênio ficam em baixas quantidades no sangue, portanto, a resposta fisiológica não é eficaz no caso de um AVC. Justifica-se, então, o uso de fibrinolíticos endógenos que agem convertendo o plasminogênio em plasmina degradando proteínas do plasma sanguíneo, como a fibrina. Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, a terapia trombolítica é uma opção válida e está disponível para uso intra-hospitalar como conduta terapêutica eficaz no quadro de AVC isquêmico. Sabendo que, o uso desse fibrinolítico possui efeitos e complicações, se faz necessário a avaliação individual do paciente para a escolha do trombolítico. OBJETIVOS: O estudo tem como objetivo compreender a relevância do tratamento fibrinolítico decorrente do uso da trombólise endovenosa, como através do fármaco Alteplase, em pacientes com episódios de AVC isquêmico agudo. METODOLOGIA: Para realizar essa revisão de literatura foi utilizado descritores obtidos no plataforma da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), os quais foram utilizados na busca de artigos científicos nas bases de dados Scielo (AVC, isquêmico, trombólise), PubMed (Stroke, ischemic, thrombolysis) e Lilacs (AVC, isquêmico, trombólise). Além disso foi feita uma triagem rigorosa dos trabalhos através dos critérios: trabalhos disponíveis na íntegra, publicados no período de 2014 a 2018. DISCURSÃO: O presente estudo verificou que o tratamento feito com o fármaco Alteplase é efetivo e relevante, uma vez que evita gradativamente a zona de penumbra isquêmica, mantendo sua integridade estrutural e preservando a viabilidade do tecido para que haja uma restauração do fluxo sanguíneo no local. A administração do tratamento e a eficácia para se obter um bom prognóstico se dá no período máximo de quatro horas e meia após as manifestações clínicas do AVCI, caso contrário a revascularização do tecido necrótico (que se desenvolve após 4 horas) aumentará o risco de edema e hemorragias cerebrais. No entanto, tal método terapêutico, ainda apresenta entraves na sua implementação dificultando a aderência aos pacientes, seja pelo tempo, ou seja, pelo risco de hemorragias intracranianas. Nesse âmbito, a terapia com trombolíticos requer infraestrutura hospitalar para melhor atendimento de pacientes AVC isquêmico agudo. Com isso, é exigido recursos tecnológicos adequados, como aparelhos para ressonância magnética, tomografia computadorizada, além de uma equipe multiprofissional que estejam aptos para tratar o paciente acometido pela doença. O tratamento do AVC isquêmico agudo com uso de Alteplase, no Brasil, desde sua liberação pelo Ministério da Saúde em 2001, foi verificado um crescimento em seu uso. Apesar disso, o país apresenta somente treze hospitais com estruturação adequada para o tratamento do AVC. Com isso, dificulta o acesso da população para realização de assistência terapêutica adequada. Desse modo, é importante que a população tenha conhecimento que o AVC é grave se não for tratado, e para isso faz-se necessário o uso de campanhas educativas para a sensibilização da população. Além disso, os profissionais da saúde devem estar capacitados para reconhecer e fazer o tratamento adequadamente dos pacientes com AVC isquêmico agudo no pré e pós hospitalar. CONLUSÃO: A implantação do tratamento trombolítico com Alteplase, proporcionou aos pacientes, melhorias importantes na assistência terapêutica do AVC isquêmico, em sua fase aguda, possibilitando a recuperação destes pacientes, diminuição do tempo de internação e minimização da morbidade e mortalidade.
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