INTRODUÇÃO: A depressão pediátrica (Depressão Infantil – DI) tem sido um desafio para os profissionais de diferentes áreas, que trabalham com crianças. E a busca de conhecimentos para intervenções e prevenções com a finalidade de resultados satisfatórios, faz-se necessário a cada dia, no sentido de aliviar o sofrimento causado ao paciente e â família, que sofre junto. Atualmente, ainda há contestação entre os que estudam a depressão, e não resta dúvida quanto à presença de manifestações dessa doença em crianças. Conforme pesquisas um ambiente familiar onde há condutas parentais impróprias, ou a psicopatologia de um dos pais pode ajudar no surgimento de problemas depressivos. As dificuldades na dinâmica familiar seria um fator de risco para a depressão e, contribui para o desenvolvimento de sintomas depressivos na criança, bem como para a sua manutenção. Quando a família apresenta relações saudáveis entre seus membros, pode ser importante na recuperação de uma criança ou de um adolescente com depressão. Assim, a família assume um caráter protetivo no sentido de prevenir que desenvolvam problemas psicológicos nos seus filhos e, caso estes surjam, há uma capacidade maior de ajudá-los na sua recuperação. OBJETIVO: Analisar as causas, sintomas, possíveis prevenções e quais os melhores tratamentos da Depressão Pediátrica. MÉTODOS: Esse trabalho, de acordo com os objetivos, trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória. E quanto aos procedimentos para a coleta de informação: pesquisa bibliográfica. RESULTADOS: O desconhecimento dos sintomas depressivos pediátricos tanto por parte dos pais, quanto da escola, pode levar a um encaminhamento inadequado ou, até mesmo, à ausência de tratamento. Por isso, é importante que a família trabalhe colabore e participe da vida escolar de seus filhos. Causas e sintomas da depressão pediátrica: Percebe-se que as causas da DI são multifatoriais. Muitas crianças sofrem de depressão, devido ao ambiente onde estão inseridas, pelas condições da habitação, pela falta de acompanhamento médico, quando há uma perda, quando são abandonadas e mesmo maltratadas. Os artigos informam que a sintomatologia apresentada pelas crianças e adolescentes pode não ser identificada pelos pais, na escola ou em consultas pediátricas. Por isso, é importante abordagem do tema. Então é desencadeado um desequilíbrio químico no cérebro, e o fator determinante para isso seria uma ação de neurotransmissores, tais como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, que são responsáveis pelas emoções e pelos estados de humor. Os comportamentos de agressividade, timidez profunda, isolamento social e baixa autoestima, podem ser sintomas depressivos. Consta no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) três possíveis diagnósticos de depressão que podem se manifestar na infância: Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor, Transtorno Depressivo Maior, e o Transtorno Depressivo Persistente, também conhecido como Distimia. Prevenções da depressão pediátrica: Os pais são as pessoas certas para auxiliar na prevenção da depressão pediátrica ofertando a seus filhos amor, carinho, compreensão, amparo e construindo uma relação de confiança com eles. Caso contrário, os problemas podem evoluir, por exemplo, baixo rendimento escolar e social, problema de autoestima, dificuldades de relacionamento e de desempenho que podem evoluir para comportamento suicida. Tratamentos da depressão infantil: O tratamento para depressão pode ser realizado através de psicoterapia individual. Esse método tem maior eficácia quando o aconselhamento dos pais é associado ao processo psicoterápico. Outra forma de tratamento é a psicoterapia familiar. Estudos sobre depressão mostram que o melhor tratamento é combinar a ajuda do médico juntamente com a psicoterapia. Os antidepressivos atuam sobre o desequilíbrio bioquímico enquanto a psicoterapia propicia o desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais e comportamentais. Tudo isso aliado à presença dos pais, equilíbrio no ambiente familiar e terapia ocupacional do paciente. O diagnóstico da depressão pediátrica normalmente é realizado através de critérios de comportamento, dentre eles: atonia afetiva, inércia motora, pobreza interativa/retirada e desorganização psicossomática. CONCLUSÃO: O tempo diagnóstico é fator determinante, pois os comportamentos depressivos poderão tornar-se mais intensos com o passar do tempo e perdurar pela idade adulta. É imprescindível, que seja feito um diagnóstico correto para que o tratamento da depressão seja adequado. Portanto, concluiu-se que o ambiente familiar da criança é de suma importância para estudos sobre a depressão pediátrica. A literatura aponta a relação entre família e depressão. Pelas leituras realizadas observou-se que não se sabe os reais motivos que levam crianças e jovens a sentirem-se tristes e deprimidos. A maioria das crianças e adolescentes não estão preparados para lidar com situações novas, problemas atuais e frustações. Portanto, é importante o diagnóstico preliminar, além de medidas satisfatórias com o intuito de promover a saúde mental.
O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.
Comissão Organizadora
Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira
Elder Bontempo Teixeira
Christiane Melo Silva Bontempo
Luan Kelves Miranda de Souza
Comissão Científica
FAHESP/IESVAP
(86) 3322 7314