Introdução: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é uma patologia que tem como característica principal a deposição de lipídeos nas células do fígado de indivíduos que não possuem histórico de ingestão de bebida alcoólica. Estudos apontam que tal doença pode evoluir de um simples acúmulo de triglicerídeos para uma forma inflamatória denominada esteatose hepática não alcoólica, podendo, posteriormente, caso não tratada, evoluir para cirrose ou até mesmo um hepatocarcinoma. Atualmente a DHGNA é considerada a expressão hepática mais comum associada às síndromes metabólicas, além de ser considerada a forma mais prevalente de doenças no fígado em diversos países. Entre os fatores de risco para a doença estão: obesidade, resistência á insulina, dislipidemia e hipertensão arterial. Objetivos: O presente trabalho em como objetivo elucidar a relação entre esteatose hepática não alcoólica e a síndrome metabólica, através de uma revisão bibliográfica. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório do tipo revisão de literatura. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados SCIELO, PUBMED E BIREME em outubro de 2019, utilizando os descritores: “doença hepática gordurosa não”; “síndrome metabólica”; “cirrose”. Como critérios para inclusão, foram escolhidos artigos que abrangessem a pergunta norteadora da pesquisa e que estivessem no idioma português ou inglês. Como critérios para exclusão, foram excluídos estudos que não abordassem a relação direta entre a doença hepática gordurosa não alcoólica e a síndrome metabólica. Resultados e discussões: Com a utilização desses descritores foram retornados um total de 74 artigos, que posteriormente com os critérios de seleção , foram filtrados quatro artigos científicos compor a amostra final. Durante muito tempo, a DHGNA foi considerada uma condição benigna de pouca importância clínica não sendo relacionada a nenhum outro problema fisiológico específico, porém, com o crescimento dos casos da doença, passou a ser um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade e o aumento de sua prevalência caminha em paralelo ao aumento da prevalência da obesidade e do Diabetes Mellitus, sendo considerada por muitos autores como componente da Síndrome Metabólica. Fatores intrínsecos e extrínsecos relacionam diretamente DHGNA e a Síndrome Metabólica, já que ambos envolvem em sua etiologia uma complexa interação entre genética, estilo de vida e dieta. Pesquisas apontam que o consumo excessivo de carboidratos e gordura, juntamente com a ingestão deficiente de fibras, vitaminas e minerais podem agravar o quadro clínico de pacientes portadores de DHGNA, já que nesses casos concentração de glicose, ácidos graxos livres e insulina no sangue aumentam. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que a doença hepática gordurosa não-alcoólica é considerada uma manifestação que está diretamente associada a síndrome metabólica, ocorrendo em até 20% da população mundial. Observa-se a associação direta da DHGNA com obesidade centrípeta, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial, relação esta que contribui fortemente com a progressão da mesma, podendo ocasionar esteatose, hepatite ou até mesmo fibrose. Palavras Chaves: Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica, Síndrome Metabólica, Cirrose.
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