Introdução:O transplante ortotópico do fígado (TOF) foi o espetacular avanço da hepatologia modernae é o tratamento mais eficaz das hepatopatias crônicas, porem este tratamento apresenta tanto benefícios como malefícios de acordo com a singularidade de cada paciente.OBJETIVOS: Esse trabalho tem como intuito realizar uma revisão de literatura, a fim de elencar os benefícios e malefícios do transplante hepático e de mostrar fatores que levam a confirmação de que esse paciente pode realizar esse procedimento e a necessidade do acompanhamento médico antes e depois do transplante.MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa definida como revisão de literatura, realizada por meio de artigos. A busca por publicações para a composição deste estudo foi feita através da base de dados: SCIELO, tendo como palavras chaves três descritores cadastrados no DeCS (Descritores em Ciência da Saúde): TRANSPLANTE, FÍGADO, AND (operador booleano utilizado como elo para os descritores). Como critérios para inclusão, foram escolhidos artigos que abrangessem a pergunta norteadora no idioma português. Como critérios para exclusão, foram excluídos estudos que não abordassem a relação direta entre os benefícios e malefícios do transplante hepático, ou que não contemplassem sua conexão. Dentro das pesquisas foram encontradas 323 bibliografias, e apenas 5 compuseram a amostra final.RESULTADOS: Foi visto o benefício da sobrevida e da qualidade de vida que este procedimento fornece, e também os malefícios que podem ocorrer ate mesmo na fase pré transplante, que é quando o paciente entra na lista de espera, ele pode sentir: desesperança, ansiedade, diminuição da autoestima; como pós transplante, embora o estado neuropsiquiátrico melhore bastante, ele pode sofrer perturbações psiquiátricas como a depressão, a ansiedade e o delirium e podem prejudicar gravemente a qualidade de vida do doente. Além disso o paciente pode apresentar disfunção do enxerto, uma vez que ao iniciar o procedimento, que é na retirada do fígado a ser doado, a aorta é clampeada submetendo o enxerto a desvascularização, o que priva a nutrição celular, porem o órgão é exposto a isquemia fria (gelo), que mantem inalterado seus aspectos morfológicos microscópios. Entretanto, quando a artéria aorta é desclampeada no receptor e o fígado é reperfundido, ocorre a lesão denominada isquemia-reperfusão que provoca alterações nos níveis de proteínas associados a eventos inflamatórios e imunológicas. Quanto mais tempo em isquemia fria, maior a lesão e maior a chances de disfunção do enxerto. Depois, o paciente também pode apresentar a rejeição do enxerto. Para controlar esse processo de rejeição é necessário que haja a imunossupressão, que também apresenta malefícios, uma vez que deixa o paciente apto a outras doenças, como: infecções, neoplasias.CONCLUSÃO:É necessário que haja uma avaliação adequada do paciente, para determinar sua extensão e a repercussão sistêmica da doença, ademais é preciso a avaliação neuropsiquiátrica para que haja a confirmação de que é vantajoso para o paciente passar por esse procedimento.Depois da constatação de que é oportuno, é preciso lembrar que o transplante é também um trauma, difere apenas por ser cirúrgico, logo esse paciente vai precisar do acompanhamento da equipe multidisciplinar de saúde.
O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.
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