ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL

  • Autor
  • Andreza Oliveira Alves
  • Co-autores
  • Lady Jane da Silva Macedo , Nickolas Souza Silva , Joilson Ramos de Jesus
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO

    Os acidentes por Animais Peçonhentos (AP) são a segunda maior causa de notificação epidemiológica nos Centros de Informações e Assistência Toxicológica (CIAT). No país, os principais responsáveis por acidentes com humanos são escorpiões, aranhas, serpentes, abelhas, vespas, marimbondos e arraias. As pessoas com maior risco de acidentes por AP são aquelas com baixa escolaridade, moradores e/ou trabalhadores de zona rural e áreas de plantio. Crianças e idosos, indivíduos em situações críticas de saúde e primeiros socorros não prestados ou prestados de forma ineficiente podem aumentar as chances de morbimortalidade. 

     

    OBJETIVO

    Analisar os aspectos epidemiológico de acidentes por AP no Brasil entre os anos de 2008 e 2017, segundo a região brasileira de estudo e o AP envolvido no acidente

     

    MÉTODOS

    Pesquisa de abordagem quantitativa com procedimento documental de dados secundários. Dados extraídos da plataforma Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo analisada a prevalência de acidentes por AP e utilizada a variante acidentes por região brasileira de ocorrência e AP envolvidos no acidente entre os anos de 2008 e 2017. O estudo ocorreu entre o mês de setembro e outubro de 2019.

     

    RESULTADOS

    Entre os anos de 2008 a 2017 foram notificados 1.300.089 casos de acidentes por AP. No nordeste brasileiro (NE) houve 32,3% (419.928) dos casos totais, com destaque para o ano de 2017, o qual apresentou 17% (71.388) das ocorrências do NE. No sudeste brasileiro (SE) houve 35,4% (460.231)  dos casos, sendo o ano de maior expressão o de 2017 com 18% (82.842) dos casos do SE. No sul brasileiro (S) houve 17,4% (226.215) dos casos, sendo o ano de maior expressão o de 2017 com 14,5% (32.801) do total do S. No centro-oeste brasileiro (CO) houve 5,4% (70.205) dos casos, sendo o ano de maior expressão o de 2017 com 17% (11.935) dos casos do CO. Por fim, no norte brasileiro (N) houve 9,4% (122.208) dos casos, sendo o ano de maior expressão o de 2017 com 14,2% (17.353) dos casos do N. A partir disso, percebe-se que o ano de maior expressão em todos as regiões de estudo foi o ano de 2017, sendo a média dos acidentes por região de estudo neste ano igual 16,14% (135.310), e, o desvio-padrão resultante igual a 2,2784 em números percentuais. Esse número de caso se dá pela melhoria na adesão dos profissionais de saúde ao sistema de notificação. A distribuição das notificações inclui os acidentes por serpente 7,6%; aranha 16,6%, escorpião 52,2%; lagarta 2,2%; abelha 4,2% e outros 4,2%; os quais apresentam no veneno toxinas variáveis com repercussões sintomatológicas distintas. O quadro clínico associado aos exames laboratoriais é crucial para diferenciação da substância inoculada e para nortear a intervenção com o antiveneno. As manifestações podem ser no local da picada e sistêmicas. Geralmente apresenta dor com intensidade variada, irradiada para raiz do membro acometido, pode ser caracterizada por queimação ou agulhadas, associada à parestesia. Sistematicamente pode acometer as vias aéreas superiores, apresentar náuseas e vômitos, tremores, miose e hipotensão decorrente da liberação de acetilcolina, também ocorrem sintomas decorrentes da liberação de catecolamina, como edema agudo, arritmia respiratória e cardíaca. 

     

    CONCLUSÃO

    Foi observado um elevado número de acidentes por AP em um curto período, sendo importante alertar a população de todas regiões sobre medidas de prevenção e primeiros socorros. Salienta-se a importância do registro completo de prontuários para melhorias da vigilância epidemiológica.

     

    REFERÊNCIAS:

    CUPO, Palmira; AZEVEDO-MARQUES, Marisa M.; HERING, Sylvia Evelyn. Acidentes por animais peçonhentos: escorpiões e aranhas. Medicina (Ribeirão Preto. Online), v. 36, n. 2/4, p. 490-497, 2003.

    AZEVEDO-MARQUES, Marisa M.; CUPO, Palmira; HERING, Sylvia Evelyn. Acidentes por animais peçonhentos: serpentes peçonhentas. Medicina (Ribeirão Preto. Online), v. 36, n. 2/4, p. 480-489, 2003.

     

  • Palavras-chave
  • Animais peçonhentos, Perfil epidemiológico, Brasil
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
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