A PARTICIPAÇÃO DE ACADÊMICOS DE MEDICINA NO OSCE COMO AVALIADORES E AVALIADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • Júlia de Sousa Caroba
  • Co-autores
  • Carolyne Machado Desidério , Laísa Abdisa Isaías do Nascimento , Raissa Martins de Oliveira Nunes , Leonam Costa Oliveira
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: As Diretrizes Curriculares dos cursos de Graduação em Medicina não contemplam só o objetivo de formar médicos com características humanísticas e éticas, mas também médicos com habilidades técnicas de alta competência. Os atuais métodos de avaliação abrangem testes que analisam tanto o conhecimento médico quanto a comunicação clínica e o cuidado com o paciente. Dentre esses métodos, o exame clínico objetivo estruturado (OSCE), criado em 1979 pelo médico e professor universitário Ronald Harden, é considerado padrão ouro para avaliação de habilidades psicomotoras no ensino médico e vem ganhando destaque no Brasil e no mundo como meio de avaliação das competências clínicas onde há interação com paciente simulado e recursos didáticos por meio de estações. O OSCE tem como propósito a avaliação objetiva das competências médicas, como a aptidão de exercer na prática o aprendizado, não ficando exclusivo só ao conhecimento. OBJETIVOS: Analisar a aplicação do método OSCE no Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP) no curso de medicina e relatar a percepção dos acadêmicos em relação as suas diversas formas de participação desse método. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência descrito por discentes do curso de medicina do IESVAP, que destaca a relevância do trabalho coletivo de graduandos e professores médicos na realização do OSCE. Sua organização inicia-se com o professor coordenador da disciplina de habilidades médicas, que solicita à faculdade a elaboração do edital para a seleção dos acadêmicos de períodos superiores, que consequentemente, já cursaram os assuntos que serão abordados nas estações. Os alunos selecionados e os professores convidados pelo coordenador se reúnem 1(uma) hora antes do início do exame para serem divididos em 3(três) salas correspondentes às estações para ter a capacitação referente à realização do exame seguindo de: leitura do checklist, com a compreensão da pontuação para cada item executado, visualização dos vídeos de acertos e erros construídos pelo professor responsável da matéria, pequena simulação e revisão para antecipar as previsões que podem ocorrer no processo da prova. Cada estação compreende um aluno e um professor avaliador – responsáveis por avaliar e preencher o checklist (um para cada examinador) de acordo com o enunciado do caso clínico e um aluno ator-paciente. A duração de cada estação de avaliação em rodízios é de 7 minutos (1 minuto para leitura do caso clínico, 5 minutos para realização do enunciado e 1 minuto para feedback; caso o acadêmico deseja receber), podendo assimilar o término de cada tempo através do apito. Ao término do OSCE os avaliadores fazem o somatório dos itens de cada checklist. Além disso, todos eles são direcionados a uma sala para relatar a experiência individual e são convidados a responderem um questionário com o objetivo de feedback para os organizadores, professores e coordenador. A posteriore o professor da disciplina expõe para a turma que passou pela avaliação o desempenho esperado em cada estação, através do mesmo vídeo que foi utilizado no treinamento dos avaliadores. RESULTADOS: Os alunos avaliados consideram que os acadêmicos examinadores foram corteses, cooperativos e mais rigorosos comparados com professores; como também essa dinâmica tornou um ambiente de avaliação que os deixam menos nervosos e mais confiantes; por estarem com acadêmicos conhecidos de períodos superiores que passam pela mesma situação semestralmente. Também identificam os pontos fortes do desempenho em habilidades clínicas e constroem posicionamentos em uma prática médica centrada no paciente. Já os acadêmicos avaliadores julgam que a experiência de educação médica propicia análise e revisão mais sistemática dos casos clínicos expostos propiciando, assim, o enriquecimento do raciocínio ágil diante de um caso real através da repetição dos itens dos checklists feitos por cada aluno avaliado que passa pela estação. CONCLUSÃO: Infere-se que o OSCE pode ser considerado uma técnica de avaliação satisfatória para o alcance de competências clínicas na formação médica, é uma experiência fundamental tanto aos alunos avaliadores quanto aos alunos avaliados, pois permite com que o acadêmico se prepare diante a uma situação simulada treinando assim o seu atendimento, desde de uma boa comunicação com o paciente à execução de procedimentos em situações de estresse, uma vez que esse conhecimento é adquirido ao longo de sua graduação e extremamente essencial no futuro quanto médico. Além disso, embora a realização do OSCE possa deixar alguns alunos ansiosos e nervosos, a presença de alunos avaliadores os tornam mais calmos e seguros quantos às atividades a serem realizadas. Ademais, o OSCE propicia uma autoavaliação, através do feedback, quanto ao atendimento ao paciente e uma análise quanto às áreas que possui maior dificuldade preparando-os para o futuro profissional.

  • Palavras-chave
  • Ensino, Formação, Habilidade.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
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O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.

 

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  • VI - SISTEMA JURÍDICO, ATOS E DOCUMENTOS JURÍDICOS E METODOLOGIA JURÍDICA.
  • VII - TRABALHOS TRANSDISCIPLINARES E OUTROS

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