Introdução: Em meio aos cinco determinantes mundiais de riscos para a letalidade estão a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) que estão elencadas no rol das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O incremento na prevalência de DM e HAS vem sendo marcado pela mudança no estilo de vida da população, destacando nesse conjunto, a alimentação errônea, a diminuição da atividade física, bem como o estresse e consumo de álcool e tabaco, respectivamente. Mormente, ainda que relacionadas a hipertensão arterial e o diabetes mellitus são os fundamentais agentes de morbimortalidade, resultando em risco absoluto de disfunção renal, disfunção cardíaca coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular encefálico. Outrossim, corroboram com comorbidades como processos pró-trombótico, a dislipidemia e anomalia autonômica cardíaca.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi ponderar a prevalência hipertensão, diabetes autorreferidas isoladas e concomitantemente no município de Parnaíba.
Métodos: trata-se de um estudo transversal, analítico tendo como base o universo composto pela população residente na cidade de Parnaíba- PI e uma amostra obedecendo ao intervalo de confiança (IC) de 95% e margen de erro de 5% que correspondeu a 384 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos. As informações foram adquiridas através de um roteiro de estrutura fechada contendo 32 questões enviadas via mídia digital. Para o tratamento dados utilizou-se o software Excel da Microsoft, para realização de estatística e construção de gráficos e tabelas. Esta investigação foi realizada salvaguardando os princípios éticos da Resolução CNS N° 466/2012, que define as normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos CAAE: 21101119.6.0000.0014.
Resultados: Dos 384 questionários enviados, 225 (59%) retornaram. Destes 65% do sexo feminino e 35% do sexo masculino. Os que autorreferiram HAS, DM ou HAS e DM, estão na faixa etária de 18 a 77 anos, destes 24 (10,67%), onde 50% são do sexo feminino e 50% do sexo masculino, disseram ser hipertensos, 12 (5,33%), sendo 1,77% do sexo feminino e 3,55 do sexo masculino, relataram diabetes e apenas 5 (2,22%), isto é, 1,33% mulheres e 0,88% homens, informam ser portadores de hipertensão e diabetes. Quanto ao grau de instrução dos que disseram ser hipertensos, 12 estão cursando ensino superior, 7 tem o ensino superior completo, 2 tem especialização e 3 são mestres. Dos participantes que relataram diabetes, 4 apresentam ensino fundamental incompleto, 6 ensino superior completo e 2 mestrado. Quando referenciado os dois agravos juntos, encontramos um respondente de ensino superior, 3 com especialização e um mestre.
Conclusão: Percebe-se um aumento proporcional do nível de escolaridade em relação aos agravos estudados, onde prevalece hipertensão arterial sistêmica como doença crônica não transmissível autorreferida mais evidente dentre os que responderam ao estudo, seguido dos que mencionaram ter diabetes mellitus. A concomitância das enfermidades supracitadas foi relativamente baixa. Em relação ao sexo, observou-se maior prevalência em mulheres.
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