UMA REVISÃO HISTÓRICA E PSICOPATOLÓGICA SOBRE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE.

  • Autor
  • Rowena Torres Castelo Branco Melo
  • Co-autores
  • Virginia Araujo Albuquerque
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O Transtorno de personalidade de Borderline (TPB) se estabeleceu como uma categoria importante na psicopatologia. Este é caracterizado como um quadro de acentuada instabilidade no campo afetivo, comportamental, na autoimagem e nos relacionamentos. Foi utilizado, em 1884, pelo o psiquiatra inglês C. Hugues para definir um grupo de indivíduos que oscilavam entre os limites da demência e da normalidade. Constituindo-se, inicialmente, como uma entidade vaga e imprecisa, que compreende sintomas que se estendem desde o espectro “neurótico”, passando pelos “distúrbios de personalidade”, até o espectro “psicótico”, gerando um conceito obscuro e bastante questionado. E, somente a partir do DSM-III, com o emergir do novo sistema diagnóstico de 1980, a situação nosotáxica e nosológica do quadro borderline recebeu uma configuração radicalmente nova. Desde então, o quadro tem sido frequentemente diagnosticado em adolescentes e adultos jovens com comportamentos impulsivos, autolesivos, sentimentos de vazio interno e defesas egóicas, notando-se um predomínio no gênero feminino. OBJETIVOS: Apresentar a origem do termo Borderline e o quadro psicopatológico do distúrbio. METÓDOS: Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter histórico e sistemático. Foram analisados artigos publicados entre os anos de 1999 a 2017, consultados nos bancos de dados Scielo e Bireme a partir de conjuntos de intersecção de termos de busca bibliográfica, sendo estes: “Transtorno de personalidade Borderline”, “Análise histórica”, “Psicopatologia”. Além disso, foram incluídos publicações em inglês e português.  RESULTADOS: Este trabalho teve como objetivo realizar um apanhado histórico sobre o termo de Borderline e apresentar o quadro psicopatológico do paciente, visto que, de acordo com a literatura, se trata do transtorno de personalidade mais prevalente no âmbito clínico. Essa revisão é de extrema relevância, devido ao severo prejuízo funcional e acentuado uso dos serviços de saúde por meio de hospitalizações recorrentes e tratamentos extensivos com medicamentos e psicoterapia. Além de ser uma condição que gera grande sofrimento, com altas taxas de tentativas de suicídio. CONCLUSÃO: O Transtorno de Personalidade de Borderline (TPB) tem grande prevalência no público jovem e encontra-se intimamente relacionado à questão da violência, provocando um grande impacto social e familiar devido às suas manifestações psicopatológicas. Além disso, o indivíduo com essa patologia é vítima de uma exclusão social, que também abrange os serviços de saúde. Devido a isso, a identificação dos sinais e sintomas desse distúrbio é de extrema relevância para o diagnóstico, bem como a terapêutica. 

    Palavras chaves: “Transtorno de personalidade Borderline”, “Análise histórica”, “Psicopatologia”.

     

    Referências:

    DALGALARRONDO, Paulo; VILELA, Wolgrand Alves. Transtorno borderline: história e atualidade. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 2, n. 2, p. 52-71, 1999.

    FINKLER, Débora Cassiane; SCHÄFER, Julia Luiza; WESNER, Ana Cristina. Transtorno de personalidade borderline: Estudos brasileiros e considerações sobre a DBT. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 19, n. 3, p. 274-292, 2017.

    LIEB, Klaus, et al. Transtorno da personalidade limítrofe. The Lancet , 2004, 364.9432: 453-461.

    LORANDI FERREIRA CARNEIRO, Lígia. Borderline: no limite entre a loucura e a razão. Ciências & Cognição, 2004, 3: 66-68.

    SAYRS, Jennifer; DENTRO, Ursula. Transtorno da personalidade limítrofe. In: Guia do profissional de psicoterapia baseada em evidências . Springer, Boston, MA, 2006. p. 151-160.

    SOARES, Marcos Hirata. Estudos sobre transtornos de personalidade Antissocial e Borderline. Acta Paulista de Enfermagem, v. 23, n. 6, p. 852-858, 2010

  • Palavras-chave
  • Transtorno de personalidade Borderline”, “Análise histórica”, “Psicopatologia”.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
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