INTRODUÇÃO: A Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica (DHGNA) e a Doença Hepática Alcoólica (DHA) têm se apresentado como as causas mais comuns de hepatopatias crônicas, pois tem relação com aspectos comportamentais dos indivíduos, sendo geradas pela obesidade e diminuição da tolerância à insulina e pelo consumo abusivo do álcool, respectivamente. Nesse contexto diversos estudos apontam estas duas patologias como problemas modernos de Saúde Pública. OBJETIVO: Discutir sobre o diagnóstico diferencial da Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica, a partir da literatura. MÉTODOS: Revisão de Literatura realizada nas bases de dados do Ministério da Saúde, SciELO e LILACS. Foram selecionados textos publicados entre 2011 e 2019, os quais foram tabulados, sintetizados, analisados e comparados a fim de elencar os dados sobre o tema. RESULTADOS: Há várias causas de DHGNA (obesidade, diabetes, entre outras) em que todas resultariam da síndrome metabólica, cujo elemento fisiopatológico fundamental é a resistência à insulina. O acometimento por DHGNA com uso concomitante de álcool altera a fisiopatologia da hepatopatia, alterando os fatores de risco e o tipo de lesão hepática gerada, podendo evoluir para uma cirrose hepática ou carcinoma hepatocelular. O diagnóstico é realizado através de Avaliação Clínica, Avaliação Laboratorial, Métodos de Imagem, Biopsia e Avaliação Histológica. A Sociedade Brasileira de Hepatologia aponta que os critérios que podem contribuir para o diagnóstico de DHGNA são a história negativa ou de ingestão ocasional de bebidas alcoólicas, presença de esteatose hepática em ultra-sonografias ou em outro método de imagem, investigação negativa para as principais doenças hepáticas. Porém, somente a biópsia hepática é capaz de definir se o tipo de DHGNA apresentada é esteatose, esteato-hepatite ou cirrose. O diagnóstico diferencial é realizado a partir da investigação das principais causas das hepatopatias, quais sejam: hepatite B e C; hepatite autoimune; doença de Wilson; deficiência de alfa 1 antitripsina; hemocromatose. Quando indicada, também deve ser realizada a determinação das mutações dos genes da hemocromatose. CONCLUSÃO: Apesar de ser uma das causas mais comuns de hepatopatias registradas no mundo, a DHGNA ainda é de difícil tratamento, tendo em vista que este aspecto, principalmente, das mudanças de hábitos de vida do paciente. Pode-se perceber que o diagnóstico diferencial é essencial para a determinação do agente causador da DHGNA e, desta forma, também para a prescrição do tratamento correto.
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