1 HELLEN PEREIRA MELO – MELO, H. P; 2 MYRCIA FERREIRA LOPES NOGUEIRA - NOGUEIRA, M. F. L; 3 YARAH LYN NAHEMAH PEREIRA RODRIGUES – RODRIGUES, Y. L. P; 4 ALEXSANDRA SANTOS SAMPAIO – SAMPAIO, A. S; 5 JOANA RITA DA SILVA CORREIA GOMES – GOMES, J. R. S. C.
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INTRODUÇÃO: Insuficiência Renal Crônica (IRC) é resultado do comprometimento da função renal por diversas doenças que afetam os rins, de maneira rápida ou lenta e progressiva, que tornam o rim incapaz de realizar suas funções. A IRC está relacionada à diminuição da taxa de filtração, associada à perda das funções reguladoras, endócrinas e excretoras dos rins. O ritmo da progressão patológica depende da doença original e de seus agravantes, como hipertensão, diabetes, infecção urinária, nefrite, gota, entre outras. As formas de tratamento da insuficiência renal crônica são: diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal. O tratamento desses pacientes é caracterizado como uma experiência difícil e dolorosa, mas é essencial para a manutenção da vida da pessoa com insuficiência renal crônica (IRC). O presente relato é fruto de uma experiência de extensão das acadêmicas de medicina e psicologia inseridas na Liga Acadêmica de Humanização e Cuidados Paliativos (LAHCP). OBJETIVO: O Projeto de acompanhamento interdisciplinar continuado Rim-Arte/alfabetização surgiu para intensificar o relacionamento humanizado da instituição, dos profissionais de saúde e acadêmicos de medicina e psicologia da Liga de Humanização e Cuidados Paliativos (LAHCP) com o paciente e com isso, melhorar a relação médico-pacientes-familiares, contribuindo para o desenvolvimento de uma saúde mais humanizada, integral, equitativa e igualitária, diminuindo consequentemente o sofrimento dos pacientes e de seus familiares e acompanhantes. METODOLOGIA: A experiência trata-se de uma atividade interdisciplinar com estudantes de medicina e psicologia, reunidos em uma clínica particular na cidade de Parnaíba, no estado do Piauí, na qual é realizada o procedimento de hemodiálise. Esta, foi desenvolvida no período de setembro a outubro de 2019, totalizando três encontros, com duração média de uma hora. Diante disso, foram executadas dinâmicas, atividades e jogos, com, em média, dezoito pacientes crônicos renais, em sua maioria mulheres e idosos. ANÁLISE CRÍTICA: Inicialmente, a atividade proposta denominada “tiro o chapéu” não obteve os resultados esperados devido a timidez e resistência dos pacientes e seus cuidadores. Todavia, pensando nesta questão, foram elaboradas atividades nas quais eles pudessem expressar-se além do modo verbal, como o exercício de escolher um emoji que representasse seu sentimento nos últimos dias, que deveria ser colado e ornamentado numa folha de papel. Também, a atividade de desenhar uma emoção em um balão colaborou para a expressividade e diálogo com os participantes, além disso, a realização de um sorteio ao final de cada atividade se mostrou eficaz. Dessa forma, observou-se maior engajamento, receptividade e colaboração dos participantes, em decorrência disso, sendo possível a criação de um vinculo entre todos os envolvidos, podendo assim, compreender melhor os sentimentos, medos e anseios dos pacientes e acompanhantes. Em resumo, as atividades realizadas mostraram-se eficazes diante dos objetivos almejados no âmbito da humanização, pois proporcionou aos participantes o olhar e cuidado holístico que necessitam. CONCLUSÃO: Conclui-se que a realização de projetos deste cunho, são de suma importância no que tange as ações assistenciais de forma humanizada, levando-se em consideração o paciente e seus acompanhantes como um todo, também auxilia e contribui para interação com o meio em que estão inseridos. A saúde não requer apenas o cuidado com vista a patologia e seus riscos, devendo buscar a realização de ações que visem melhorias de forma ampla e, isso inclui atividades que aproximem as equipes aos pacientes e acompanhantes. A humanização deve ser o princípio assistencial, o meio de melhorias.
O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.
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