FATORES AGRAVANTES DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • João Victor das Chagas Evaristo
  • Co-autores
  • Ellen Fernanda Ibiapino Moura Cruz , Analita de Almeida fraga , Lanniel Carvalho Leite de Lavor , José Lopes Pereira Júnior
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: O período puerperal é uma fase de grande vulnerabilidade emocional, advinda de processos sociais e psicológicos, que podem influenciar o progresso da gestação, assim como o bem-estar e saúde materno-infantil. Especialmente nessa época, condições que promovem alterações hormonais e mudanças no caráter social, na organização familiar e na identidade feminina ganham uma maior importância, uma vez que o desenvolvimento infantil se estabelece nesse meio tempo e depende intimamente do bom funcionamento gestacional. Dessa maneira, diversos estudos apontam a depressão pós-parto (DPP), síndrome que afeta de 10% a 20% das mulheres nesse período, como uma das principais doenças que acometem negativamente o estabelecimento das primeiras interações com o bebê e, em consequência, o desenvolvimento afetivo, social e cognitivo da criança. Sendo assim, o presente estudo busca lançar luz sobre os agravantes que ocasionam a DDP, com ênfase nas mudanças psicológicas que sofrem as mulheres nesse período. OBJETIVO: Rastrear os principais fatores de risco e algumas repercussões da depressão pós-parto na relação materno-infantil. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática, que se propõe a fazer uma síntese das informações disponíveis sobre o tema. Para tal, foram utilizadas as seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Pubmed. Foram considerados os estudos entre 2002 e 2017, com os seguintes descritores, de acordo com a classificação dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “depressão pós-parto”, “fatores de risco” e “consequências materno-infantis” considerando-se os idiomas português e inglês. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estado puerpério constitui-se como um momento de intensas modificações nos aspectos social, psicológico e físico da mulher. Este período tem início após o parto, estendendo-se por cerca de três meses ou mais em casos de mulheres primíparas, dada a inexperiência associada a sentimentos de ansiedade, medo e esperança que, juntos, compõem um quadro de instabilidade. Durante esse período, a mulher é exposta a maiores riscos de transtornos mentais do que em outros momentos da vida, devido ao fato de que suas defesas, tanto físicas quanto psicossociais, são redirecionas à proteção do bebê. Nesse sentido, a chegada de um bebê altera de forma considerável o ritmo da puérpera que carrega consigo exigências culturais, sociais, familiares e pessoais no exercício das funções maternas. Tal fato, favorece o desenvolvimento da depressão pós-parto (DPP), afetando o progresso da relação mãe-bebê. Dessa forma, a puérpera é exposta a quadro depressor de alta prevalência e que provoca alterações emocionais, cognitivas, comportamentais e físicas. Com isso, tais fatores modificam os signos que a identificavam como essenciais para o desenvolvimento do bebê. Diversas condições de vida favorecem o progresso do transtorno psíquico. A falta de apoio ofertada pelo parceiro e demais pessoas que convivem com a puérpera influenciam na etiologia da DPP. Soma-se a isso situações de gestação não planejada, nascimento pré-maturo ou natimorto e dificuldades para amamentar. Ademais, também são preponderantes fatores socioculturais, como morte de familiares, decepções na vida pessoal ou profissional, retomada de atividade profissional e situação social de solidão; fatores físicos como modificações hormonais; além de fatores psicopatológicos prévios como a baixa autoestima e, sobretudo, problemas na situação socioeconômica. Assim, constata-se que a etiologia da depressão puerperal não se origina de fatores isolados, mas sim de uma combinação de fatores psicológicos, sócias, obstétricos e biológicos.  CONCLUSÃO: A revisão da literatura aponta os quadros maternos no período puerperal e sua interação mãe-bebê, variando de acordo com suas particularidades (tempo de aparecimento, incidência e gravidade dos sintomas. Dessa maneira, a fase puerpério caracteriza-se por um momento de intensas alterações no âmbito psicológico, social e físico da mulher que maculam o desempenho das funções maternas, acabando por afastar a mãe dos cuidados dedicados à criança.

     

  • Palavras-chave
  • Depressão pós-parto, fatores de risco, consequências materno-infantis
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
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