AVALIAÇÃO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS A RESPEITO DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL

  • Autor
  • Ana Clara Correia Gomes
  • Co-autores
  • Maria Clara Nolasco Alves Barbosa , Raquel Araújo Nogueira , Beatriz Lima Coelho , Gabriela Borges Soares , Joilson Ramos de Jesus
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A Doença de Chagas (DC) é uma enfermidade ocasionada pelo protozoário flagelado Trypanosoma Cruzi contido nos insetos hemípteros hematófagos da subfamília Triatomínea, popularmente conhecido como “chupança” ou “barbeiro”. Esse animal tem como características hábitos noturnos e a necessidade do consumo de sangue para sua sobrevivência. Dessa forma, as lesões de pele ocasionadas por sua picada, possibilitam maior contato do indivíduo com suas fezes infectadas, proporcionando assim, um maior risco de contração da doença chagásica.  Além disso, essa enfermidade também pode ser causada pelo consumo de alimentos contaminados típicos de regiões endêmicas, por   transplantes de órgãos, por via transplacentária e por transfusão sanguínea. Após a contaminação do ser humano, esse apresenta inicialmente um quadro clinico de febre prolongada, cefaleia, chagomas primários e edema na face ou nos membros, podendo evoluir para possíveis complicações hepáticas, gástricas e cardíacas. Ademais, em relação a sua prevalência no Brasil, observa-se na região do Pará uma maior incidência de infecções de Doença chagásica, em relação aos outros estados. OBJETIVO: Analisar os dados epidemiológicos referentes a prevalência da doença Chagásica no Brasil e sua correlação com o predomínio, cada vez maior, no estado do Pará. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico realizado por meio da base de dados do DATASUS no período de 2010 à 2017, utilizando como descritores “Doença de Chagas”, “Clima equatorial”, “Trypanosoma cruzi”. RESULTADO:  De acordo com os estudos realizados, dos 1850 casos confirmados da doença de Chagas no período de 2010 a 2017 no Brasil, 1759 foram notificados na região Norte, chamando atenção para o estado do Pará, com 1515 casos. Desse modo, pode-se observar que nesse estado há fatores que desencadeiam o aumento da incidência dessa patologia, como: a transmissão oral feita pelo o alto consumo de açaí e de caldo decana de açúcar contaminados pelos patógenos e o aumento da quantidade de desmatamento, no qual, proporciona o deslocamento do triatomíneo do seu hábitat natural para as áreas urbanas, aproximando-se assim da população. Ademais, foi possível observar que a prevalência do clima equatorial úmido e da presença de elevado número de construções de casas a “pau a pique”, as quais não atuam como barreira física para o vetor quando comparado com casas de alvenaria, favorecem o desenvolvimento e a transmissão do inseto. CONCLUSÃO: Tendo em vista o enorme surto da doença de Chagas em algumas regiões brasileiras, essa é considerada, pelo Ministério da Saúde, como uma enfermidade de notificação compulsória. Desse modo, afim de combater o vetor transmissor da doença e evitar a sua disseminação é necessário que haja a preservação ambiental, o monitoramento sanitário durante a confecção de alimentos, desenvolvimento de formas de barrar sua instalaçã,  através  da utilização  mosquiteiro e telas, e a proteção individual, por meio do uso de repelente.

  • Palavras-chave
  • “Doença de Chagas”, “Clima Equatorial”, “Trypanosoma cruzi”
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
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