ANÁLISE DA TAXA DE MORTALIDADE EM PACIENTES INTERNADOS NO SUS POR TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO NO BRASIL E SUAS ETIOLOGIAS

  • Autor
  • Armando Gabriel Machado Arruda
  • Co-autores
  • João Laurentino Sousa e Silva , Daniel Henrique Pinheiro Rebouças , José Vieira Amorim Filho , Joílson Ramos-Jesus , Daniela Machado Bezerra
  • Resumo
  • Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma lesão decorrente de um trauma externo, que tem como consequência alterações anatômicas do crânio, como fratura, laceração do couro cabeludo, bem como comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos, ocasionando alterações cerebrais, que podem ser permanentes ou momentâneas, de natureza cognitiva e funcional. O TCE é uma das principais causas de morte e danos físicos e mentais no Brasil, acometendo até 3 vezes mais homens do que mulheres e sendo responsável por um alto índice de internações hospitalares. Objetivos: Relacionar as taxas de internações e óbitos por TCE no Brasil de acordo com a faixa etária do paciente, avaliando a etiologia do trauma. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, com procedimento documental de dados secundários, a partir da base de dados do ministério da saúde (DATASUS), lista de morbidade CID 10 (traumatismo cranioencefálico) avaliando o número de óbitos e internações, utilizando os filtros de idade (20 anos – 80 anos ou mais), nos anos de 2015 a 2018, ressaltando qual faixa etária mais acometida e quais as principais etiologias da lesão supracitada, além de dados retirados das Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Traumatismo Cranioencefálico de 2015. Resultados e discussão: A análise dos dados mostrou que ao longo desse período, foram registradas um total de 328.960 internações por TCE no Sistema Único de Saúde, com aproximadamente 12% desses pacientes vindo á óbito. Das faixas etárias analisadas, a com maior acometimento de internações que evoluíram para óbito, foi a de 80 anos ou mais, com cerca de 20% de mortalidade nessa idade, de 25.499 pacientes, 5.110 foram a óbito. Em contrapartida a faixa etária com o melhor prognóstico foi a dos pacientes entre 20 e 29 anos, com apenas 8% de mortalidade, onde de 70.836 pacientes internados, 5.694 evoluíram para óbito. Durante o período descrito, não houveram alterações consideráveis no número de casos por ano, mantendo-se uma média de 82.240 internações por ano, com aproximadamente 9.140 mortes em cada ano. No que se refere as causas e etiologias do TCE, foi possível observar que as de maior relevância e com as maiores taxas de mortalidade, foram de acidentes em ocupantes de automóvel, com 23,79%, em seguida vêm os pedestres com 4,63%. Acidentes envolvendo motociclistas, são responsáveis por aproximadamente 78.000 internações com a presença de TCE por ano (em hospitais públicos e particulares) com uma taxa de mortalidade de 2,29%. Conclusão: A taxa de mortalidade por TCE, é maior em pacientes com 80 anos ou mais, porém a taxa de internação é maior em pacientes entre 20 e 29 anos no Brasil. A maior causa de mortes e internações por TCE, está associada a acidentes de trânsito, sendo principalmente acometidos os ocupantes de automóvel e em seguida os pedestres. 

  • Palavras-chave
  • Trauma-Cranioencefálico, Óbitos, Internações.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
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