INTRODUÇÃO: Os profissionais de saúde estão sempre expostos a riscos biológicos, químicos e físicos que podem ameaçar sua segurança e saúde no trabalho. No setor hospitalar é muito comum a ocorrência de diversas doenças e acidentes ocupacionais. Para amenizar esses eventos durante o exercício da função, é indicada a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s), tais como máscaras, luvas, óculos, aventais e gorros, com o objetivo de promover a segurança desses trabalhadores nos serviços de saúde. Utilizar os EPI’s corretamente não elimina por completo os perigos aos quais os trabalhadores estão sujeitos, mas protege bastante tanto o indivíduo que usa quanto a coletividade, pois esse tipo de cuidado diminui a possibilidade da ocorrência de danos, ou seja, minimizam as consequências. As junções dos riscos suscetíveis à baixa adesão de medidas preventivas pelos profissionais de saúde contribuem para a propagação de microrganismos intra-hospitalar, aumentando a possibilidade de infecção hospitalar e dos riscos de acidentes laborais. OBJETIVO: Estabelecer a importância do uso de equipamentos de proteção individual na área da saúde, minimizando, assim, doenças e acidentes ocupacionais evitáveis. Incentivar métodos preventivos para proteção individual e coletiva. Analisar as razões, os atos e as crenças dos trabalhadores da área de saúde, referentes à aceitação aos equipamentos de proteção individual. METODOLOGIA: Pesquisa exploratória, baseada na revisão literária de artigos científicos. As fontes para a pesquisa foram às bases de dados das bibliotecas virtuais, Scielo e Lilacs. O material científico utilizado constou com publicações de 2010 a 2018. RESULTADOS: Segundos os artigos analisados destacam-se o uso irregular frequente dos EPI’s, demonstrado em um estudo realizado em um hospital universitário, na unidade de terapia Intensiva (UTI), que revelou uma prevalência de uso irregular com índice de 4% de luvas, 29% de máscaras, 29% de avental e 84% de óculos, durante os procedimentos. A justificativa mais importante para a irregularidade do uso foi à falta de hábito e/ou disciplina. Em relação ao uso de óculos de proteção, justificou-se pela inadequação do equipamento, quantidade insuficiente e a dificuldade com o uso de óculos de grau. Quanto às luvas, a explicação dos trabalhadores nem sempre utilizá-las apareceu relacionado, principalmente, ao esquecimento e à inadequação do EPI. Essas afirmações simbolizam o não reconhecimento e a pouca sensibilização sobre o uso de EPI, como fator desencadeante para disseminação de doenças entre os profissionais de saúde. CONCLUSÃO: Os equipamentos de proteção individual são todos destinados a garantir a segurança no trabalho, a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. O profissional da área de saúde é submetido diariamente a variados riscos, causados por agentes físicos, biológicos, químicos, psicossociais e ergonômicos. A partir desses diversos pressupostos a prevenção de transmissão de patógenos no ambiente laboral requer múltiplas medidas para reduzir o risco ocupacional. Dessa forma, os equipamentos de proteção individuais são importantes ferramentas para a prevenção de acidentes, no entanto, o bloqueio do profissional em utilizá-lo e o seu uso inadequado são as principais dificuldades para prevenir a exposição ao material biológico. A pouca adesão ao uso dos equipamentos de proteção individual e o seu manuseio incorreto são consequência de fatores como desconforto, incômodo, descuido, esquecimento, falta de hábito, inadequação dos equipamentos, quantidade escassa e a falta de confiança quanto ao seu uso. Essas razões são potencializadas pela precária infraestrutura, por situações organizacionais do trabalho, pouco conhecimento devido a não existência de cursos de educação persistente, excesso de trabalho, estresse, cansaço físico e mental e falta de tempo. O fato de os profissionais terem conhecimento sobre os riscos, no ambiente de trabalho, nem sempre assegura a adesão ao uso de medidas protetoras. Em geral, esse conhecimento não se transforma numa ação segura de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, o que sinaliza a necessidade de ações mais efetivas para mudar essa realidade. Nesse sentido, compreender as razões que influenciam a tomada de decisão para a desproteção do profissional é fundamental para que se possa refletir sobre a prática dessas medidas, no cotidiano da equipe de médicos, e direcionar estratégias que propiciem a incorporação dessas nos serviços de assistência à saúde.
O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.
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