INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial (HA) é uma alteração clínica de aspecto multifatorial, representado por níveis elevados de pressão arterial (PA) (PA sistólica ? 140 mmHg e/ou PA diastólica ? 90 mmHg) (VII Diretriz Brasileira de Hipertensão, 2016).Esta situação tem sido direcionada como um fator de risco essencial para a morbidade e mortalidade precoces desencadeada por doenças cardiovasculares (Simão et al., 2008). Estima-se que 29% da população adulta do mundo, ou cerca 1,56 bilhão de pessoas, estarão hipertensas em 2025. No Brasil, HA abarca cerca de 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos e mais de 60% dos idosos, de forma a contribuir direta ou indiretamente para 50% das mortes por doenças cardiovasculares (Saurabh et al., 2014). Nesse cenário, a HA tem elevados custos médicos e socioeconômicos advindos principalmente de complicações como: acidente vascular cerebral (AVC), doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e insuficiência renal crônica (VII Diretriz Brasileira de Hipertensão, 2016). Desde a década de 90, o estilo alimentar da população brasileira vem se alterando, com adoção de uma dieta concentrada em açúcar, industrializados, gorduras, carboidratos, sal, dentre outros, caracterizando assim, a dieta típica da grande maioria dos americanos (VASCONCELOS, 2007). Em relação a Diabetes Mellitus (DM), é possível afirmar que essa é uma das principais enfermidades crônicas que atinge a população adulta mundial. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, em 2014, um total de 9% dos adultos maiores de 18 anos recebeu diagnóstico de DM. 1. Em 2012, essa situação foi direcionada como a causa direta de 1,5 milhões de mortes, sendo que mais de 80% dessas mortes aconteceram em países pobres e em desenvolvimento, como o Brasil. OBJETIVOS: Determinar se existe associação entre hipertensão e diabetes e fatores sociodemográficos em consonância com a avaliação do impacto de uma intervenção educativa na comunidade de Parnaíba-PI, de modo a apresentar fatores de riscos, tratamentos e consequências em casos de Pressão Arterial(PA) e Glicemia Capilar elevados. METODOLOGIA: O presente trabalho trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo do tipo relato de experiência sobre a atividade “Ação Social de Saúde” desenvolvida pela Liga Acadêmica de Neurociências- LANEC- vinculada à Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí/ Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba – FAHESP/IESVAP. A atividade foi realizada pelos ligantes no dia 24 de agosto de 2019 em comemoração ao dia dos Pais, na qual eram paradas pessoas que faziam parte do evento no Complexo Esportivo do SESI em Parnaíba- PI. O público alvo englobou membros da comunidade da região do Delta do Parnaíba. Para fomentar esse trabalho, foram selecionados artigos nas bases de dados eletrônicas Scielo (Scientific Electronic Library Online) e ABC Health Sciences. A estratégia de busca incluiu os descritores propostos no DeCS-Descritores em ciências da saúde. RESULTADOS: Atingiu-se uma população por volta de 50 pessoas, numa faixa etária de 15 a 75 anos, entre adolescentes e idosos, os quais se mostraram receptivos e curiosos pelo conhecimento a respeito de altas taxa de glicemia capilar e pressão arterial alteradas. Sendo, que os níveis de variações de pressão arterial elevadas, foram mais registrados em idosos; pois de acordo com a VII Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial (2016), há uma relação direta e objetiva entre envelhecimento e prevalência da HAS, e isso se relaciona por conta do aumento da expectativa de vida da população brasileira, atualmente 74,9 anos, e que consequentemente, leva o aumento na população de idosos ? 60 anos onde na última década (2000 a 2010), teve uma elevação de 6,7% para 10,8%. Diante da análise de estudos realizados no Brasil incluindo 13.978 indivíduos idosos, foi constatado 68% de prevalência de HAS nessa população. Além disso, foram perceptíveis reações de espanto quanto ao tratamento, alguns alimentos que não devem fazer parte da dieta alimentar e a possibilidade de conviver em harmonia, com hipertensão e diabetes, já que é uma doença que acomete um grande número de indivíduos, que em sua maioria, acreditam que o tratamento se dá apenas por meio de terapia medicamentosa. CONCLUSÃO: Por intermédio da ação, foi possível conhecer melhor a realidade de uma pessoa com HA e DM, além de entender na prática, os riscos de um exame físico mal realizado. Também foi elucidado a necessidade de treinamentos seriados das etapas, reforçando as implicações que a realização incorreta pode acarretar danos em relação aos resultados obtido. Por fim, foi constatado a exiguidade de informações, da população abordada, sobre hipertensão e diabetes, fato esse que os ligantes tentaram amenizar com as ações de saúde.
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