Introdução: Entre as importantes doenças transmissíveis endêmico-epidêmicas no Brasil estão as hepatites virais. Estas são causadas por diferentes agentes etiológicos e têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças do ponto de vista clínico-laboratorial, mas apresentam importantes diferenças epidemiológicas e quanto à sua evolução. Ademais, continuam sendo um problema de saúde pública, apesar dos avanços como a melhoria das condições de higiene e de saneamento das populações, a vacinação contra a Hepatite B e as novas técnicas moleculares de diagnóstico do vírus da Hepatite C. Objetivo: Analisar a prevalência das hepatites virais em Teresina no período de 2016 a 2018 por meio de levantamento em base de dados e enfatizar a importância da prevenção dessa pela Atenção Básica. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e epidemiológico, embasados em revisões literárias, sendo utilizados como base artigos científicos da Scielo, LILACS e BVS, além de dados retirados do DATASUS nos anos de 2016 a 2018. Resultados ou Análise Crítica: Em 2018, apenas no Brasil foram notificados 28.087 novos casos. A região Nordeste teve 3.170 casos novos. Segundo os dados do DATASUS, Teresina apresentou de 2016 a 2018 235 casos de hepatites, sendo a prevalência de 62,9% em homens e 37,1% em mulheres. A faixa etária mais acometida é entre 40 e 59 anos. Ainda segundo os dados do levantamento, há maior incidência de contaminação pelo vírus da hepatite B, representando 46,8% dos casos. Os dados acima reforçam a necessidade de estudo acerca da doença. Notificaram-se em 2016 93 casos, em 2017 95 casos e em 2018 47 casos em Teresina. Os casos ocorrem devido desinformação por parte das populações menos assistidas, como pelo diagnóstico tardio, podendo esta ser transmitida por solução de continuidade (pele e mucosa), por relações sexuais desprotegidas, por via parenteral (compartilhamento de agulhas e seringas, realização de tatuagens, colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos sem uso de material descartável ou esterilizado, etc.) e por via fecal-oral. Conclusão: De acordo com os dados coletados percebe-se que o Brasil se encontra em um período de evolução na prevenção das hepatites virais. Por isso, é essencial a atuação da Atenção Básica no aconselhamento e na triagem e na realização de campanhas de educação em saúde. Assim, haverá sensibilização dos indivíduos quanto aos riscos de infecção e à necessidade de se submeter ou não a exames diagnósticos.
O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.
Comissão Organizadora
Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira
Elder Bontempo Teixeira
Christiane Melo Silva Bontempo
Luan Kelves Miranda de Souza
Comissão Científica
FAHESP/IESVAP
(86) 3322 7314