INTRODUÇÃO: A litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO) é uma alternativa não invasiva para o tratamento da litíase renal, na qual são ministradas ondas mecânicas, de acordo com o tipo de equipamento, que convergem para o local do cálculo, induzindo sua implosão/ degradação, com o objetivo de reduzi-lo a fragmentos menores passíveis de eliminação espontânea. OBJETIVOS: Esta revisão tem por objetivo avaliar a eficácia da LECO como forma de tratamento para a litíase das vias urinárias. MATERIAS E MÉTODOS: Estudo qualitativo de série temporal, retrospectivo e documental, com dados secundários registrados nas bases de dados LILACS, SCIELO e PUBMED. Foram utilizados os Descritores em Ciência e Saúde para busca de artigos científicos nas respectivas bases, sendo usado como descritor os termos: Litotripsia Extracórporea e Lítiase Renal. Foram analisados os artigos aos quais usaram o tipo de estudo: relato de caso e revisão sistemática, em português, inglês e espanhol. RESULTADOS: A litotripsia extracorpórea por ondas de choque foi introduzida há mais de 20 anos como uma alternativa não-invasiva, segura e eficaz ao tratamento cirúrgico de nefrolitíase. Desde sua implantação como terapêutica, observou-se uma alta eficácia no tratamento para de nefrocálculos. Atualmente, representa o tratamento padrão para cálculos renais e ureterais superiores de até 2cm e 1cm, respectivamente, indicada em cerca de 70% dos casos em que a LECO está disponível. A complicação mais frequente após a LECO é o hematoma na periferia da loja renal, ocorrendo de 0,2 a 0,66% dos pacientes. Contudo, quando complicações mais raras e graves, como a lesão renal direta, ocorrem, a cirurgia pode ser necessária para garantir a segurança do paciente. Dentre os artigos analisados, foi observado uma alta eficácia da litotripsia extracorpórea por ondas de choque, sendo os cálculos piélicos, caliciais superiores e médios fragmentados e eliminados na porcentagem de 87,7% e 77,8%, respectivamente, dentre os casos analisados. Os cálculos localizados no cálice inferior foram eliminados em 64,7% dos pacientes. Dos três casos de cálculo coraliforme, somente um ficou livre do cálculo (33,3%). Os dez pacientes com cálculo ureteral ficaram livres de litíase (100%). Os cálculos vesicais foram tratados e eliminados em 60% dos casos. CONCLUSÃO: Portanto a litotripsia extracorpórea por ondas de choque demonstrou ser uma forma bastante eficaz de tratamento de cálculos piélicos, caliciais, ureterais e vesicais. Contudo, os cálculos coraliformes não tiveram bons resultados quando tratados por meio de litotripsia extracorpórea, pelo fato de seu tamanho e complicações frente ao tratamento com a LECO. Os resultados deste trabalho foram influenciados pela localização e tamanho dos cálculos, bem como pelo desfecho da terapêutica instalada.
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