INTRODUÇÃO: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é comum na população em geral, principalmente, associada a doença de base dislipidemia, obesidade e síndrome metabólica, sem o consumo crônico de bebidas alcoólicas ou outras doenças hepáticas (CAMARGO, 2014). Devido à mudança no estilo de vida das pessoas, a prevalência da DHGNA aumentou consideravelmente na população mundial, nos últimos anos. Estudos relatam que as variações genéticas podem contribuir para o aparecimento e progressão da DHGNA (AKBULUT et al, 2019). Assim, para Lin et al (2011), é possível evidenciar a íntima relação de pacientes com doença autoimune e seu desenvolvimento com problemas hepáticos, uma vez que o excesso de gordura nos hepatócitos liberam citocinas inflamatórias, aumenta o recrutamento de linfócitos gerando a lesão do órgão. OBJETIVOS: Descrever o risco de desenvolvimento de doenças hepáticas gordurosa não-alcoólica em pacientes com doenças autoimune. METODOLOGIA: Este artigo trata-se de uma revisão sistemática de literatura. Em seu desenvolvimento, foram realizadas buscas nas bases de dados SCIELO e PUBMED, utilizando os descritores “doença hepática gordurosa”, “doença autoimune” e “doença hepática”. Os artigos revisados foram somente os que estavam inclusos nas plataformas citadas, indexados no período de 2014 a 2019. Os demais artigos que não se enquadraram nesses critérios foram excluídos, à exceção de dois que apesar de antigos se mostraram úteis na construção desta revisão. RESULTADOS: Segundo Ferreira (2008) o fígado além de desempenhar várias funções vitais para o organismo, recebe uma carga de grande volume de sangue rico em antígenos, constantemente, levado pelo trato gastrointestinal fazendo degradação e eliminação de toxinas, antígenos e agentes infecciosos. Assim, o fígado participa da imunidade adaptativa. Quando há um desequilíbrio dessa imunidade ocorre o desenvolvimento de doenças autoimunes ou mecanismos de inflamação e reatividade imunológica crônica, como explica Camargo (2014). Através do acúmulo de lipídios, como triglicerídeos, o fígado pode sofrer constantes lesões, através de cascatas inflamatórias. O recrutamento de leucócitos para o tecido hepático lesado, gera respostas reparadoras do mesmo, resultando em fibrose hepática. CONCLUSÃO: A obesidade associada com a dislipidemia e a síndrome metabólica predispõe o indivíduo a um estoque de energia exagerado, aumentando a quantidade e o tamanho do adipócitos nos tecidos e nos órgãos, principalmente no fígado, na forma de triglicerídeos. Com isso o estado de inflamação crônica leva à remodelação danosa do tecido hepático. Assim, a mudança no estilo de vida como alimentação saudável, prática de atividade física são essenciais para a regressão da DHGNA e até mesmo prevenção.
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