LESÃO HEPÁTICA INDUZIDA POR INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA

  • Autor
  • Hayssa Duarte dos Santos Oliveira
  • Co-autores
  • Aline Viana Araújo , Lilianne Kellen Costa Quaresma de Sousa , Karolline Kassia Silva Barbosa , José de Ribamar Ramos Neto
  • Resumo
  •  

    LESÃO HEPÁTICA INDUZIDA POR INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA

    Hayssa Duarte dos Santos Oliveira¹; Aline Viana Araújo¹; Lilianne Kellen Costa Quaresma de Sousa¹; José de Ribamar Ramos Neto¹; Karolinne Kassia Silva Barbosa¹; Luan Kelves Miranda de Souza²;

    ¹Discente do curso de medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba – PI.

    ²Docente do curso de medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba – PI.

    E-mail: hayssa84@gmail.com

    Área temática: I – Atenção à saúde

    Introdução: A lesão hepática induzida por medicamentos, também muito conhecida como “DILI”, cujo termo é originado do inglês Drug Induced Liver Injury, é uma doença comum que se manifesta, geralmente, entre o 1º e 90º dia após a administração de medicamentos. Os fármacos mais associados à lesão hepática são os antibióticos, antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) e anticonvulsivantes, ocasionando desde sintomas inespecíficos leves a sinais mais graves, como hepatite, colestase, cirrose e icterícia. O quadro clínico pode apresentar-se desde rápida alteração dos níveis das enzimas hepáticas até a insuficiência hepática fulminante, podendo ser fatal. A detecção da lesão hepática induzida por medicamentos depende do estabelecimento da etiologia e exclusão de outras causas. O tratamento consiste principalmente na suspensão do medicamento suspeito, sendo a primeira medida para prevenir ou minimizar danos. Objetivo: Entender como o uso de medicamentos pode induzir a lesão hepática. Métodos: Estudo transversal, descritivo, atemporal e qualitativo. Foram escolhidas três palavras chaves “lesão”, “hepática” e “intoxicação” para busca de descritores na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A partir dos descritores encontrados, foram empregados à plataforma PubMed e LILACS. Na plataforma PubMed foi empregado o operador booleano “AND” e adotados como critérios inclusão os filtros: 5 years, humans e review. Análise Crítica: A busca primária resultou em 46 (quarenta e seis) artigos na plataforma PubMed e 185 (cento e oitenta e cinco) artigos na plataforma LILACS. Ao aplicar os critérios de exclusão foram utilizados 43 (quarenta e três) publicações totais com critério de inclusão válidos. O metabolismo de fármacos compreende o conjunto de reações enzimáticas que biotransformam fármacos e outros compostos estranhos, para que sejam excretados pela urina, impedindo que permaneçam por tempo indefinido no organismo. Estas transformações envolvem dois tipos de reações bioquímicas, chamadas de Reações de Fase I e de Fase II e ocorrem principalmente no fígado, por esse motivo é um órgão que sofre riscos variados com o consumo de medicamentos.  A lesão hepática medicamentosa é classificada em intrínseca, quando é dose dependente, e idiossincrática, quando não é dose dependente. Essas por sua vez atingem diretamente os hepatócitos, por meio de radicais livres ou metabólitos que podem levar a peroxidação dos lipídeos da membrana. Os antibióticos são medicamentos que atuam especificamente em células procarióticas, porém podem exibir efeitos tóxicos, caracterizando-se por danos colestáticos e hepatocelulares. A amoxicilina associada com ácido clavulânico é o maior responsável pela incidência da hepatotoxicidade. Os (AINEs) são metabolizados principalmente, pelo fígado, através das famílias CYP3A ou CYP2C das enzimas P450. Embora, a eliminação final mais importante seja via renal, quase todos os AINEs sofrem variações de excreção biliar e reabsorção (circulação êntero-hepática). Os anticonvulsivantes são fármacos que atuam por meio de um ou de alguns dos seguintes mecanismos: bloqueio de canais de sódio, cálcio ou ligação à proteína SV2A da vesícula sináptica e aumento da inibição gabaérgica. Foram relatados que anticonvulsivantes causam lesões hepáticas por tempo prolongado podendo ter padrão parenquimal (citotóxico ou citolítico), colestático, ou ambos. Pode ainda estar relacionado à esteatose, granulomas, necrose, dentre outras alterações. Atualmente, foram descritos casos de hepatotoxicidade aguda com o uso de fenitoína, carbamazepina e valproato associados à frequentes casos de insuficiência hepática aguda. São aconselhados uso imediatamente descontinuado e não devem ser administrados novamente. As manifestações clínicas são caracterizadas com febre baixa, icterícia, prurido corporal, náuseas, vômitos, icterícia, colúria e hipocolia fecal. Para detecção da lesão, são realizados estudos sorológicos, na intenção de determinar marcadores virais e autoimunes, e ecografia abdominal. Além disso, é importante observar a evolução da lesão e possíveis etiologias. O tratamento consiste, primeiramente, na suspensão dos medicamentos para minimizar danos progressivos. Pode-se, também, utilizar algumas substâncias dependendo da situação como, por exemplo, a N-acetilcisteína (antídoto para intoxicação com paracetamol), Carnitina (danos causados por valproato) e ácido ursodesoxicólico (colestase). Conclusão: É sabido que as principais reações bioquímicas da metabolização dos fármacos ocorrem principalmente no fígado. Desta forma, é um órgão que sofre riscos variados com o consumo de medicamentos, podendo resultar desde leves a graves lesões hepáticas. Essas lesões podem simular qualquer doença hepática conhecida, sendo essencial fazer o diagnóstico diferencial para definição do início do tratamento. Palavras chaves: Lesão; hepática; intoxicação. 

     

  • Palavras-chave
  • Lesão, hepática, intoxicação
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
Voltar Download

O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.

 

  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
  • II – GESTÃO EM SAÚDE
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
  • IV - DIREITO CIVIL, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITO AMBIENTAL, DIREITO EMPRESARIAL, DIREITO DO CONSUMIDOR, DIREITO CONTRATUAL, DIREITO PENAL, DIREITO TRABALHISTA E DIREITO TRIBUTÁRIO
  • V - DIREITO DA TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO, ADVOCACIA ELEITORAL, ADVOCACIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E COMPLIANCE;
  • VI - SISTEMA JURÍDICO, ATOS E DOCUMENTOS JURÍDICOS E METODOLOGIA JURÍDICA.
  • VII - TRABALHOS TRANSDISCIPLINARES E OUTROS

Comissão Organizadora

Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira
Elder Bontempo Teixeira
Christiane Melo Silva Bontempo
Luan Kelves Miranda de Souza

Comissão Científica

Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira

Luan Kelves Miranda de Souza

Elder Bontempo Teixeira

Christiane Melo Silva Bontempo

Ana Rachel Oliveira de Andrade

Antônio de Pádua Rocha Nobrega Neto

Antonione Santos Bezerra Pinto

Carlos da Cunha Oliveira Junior

Francisco das Chagas Candeira Mendes Junior

Joara Cunha Santos Mendes Gonçalves

Joilson Ramos de Jesus

José Lopes Pereira Júnior

Joyce Pinho Bezerra

Khalina Assunção Bezerra Fontenele

Tereza Cristina de Carvalho Souza Garcês

Thiago de Souza Lopes Araújo

Vanessa Meneses de Brito

Yuri Dias Macedo Campelo

 

 

 

 

FAHESP/IESVAP

(86) 3322 7314