IMPACTOS TRAZIDOS PELO DIFICIL DIAGNÓSTICO DA CIRROSE HEPÁTICA

  • Autor
  • Dryelle Fontenele de Araújo Silva
  • Co-autores
  • Raissa Martins de Oliveira Nunes , Mariana Fagan Peyrot , Élder Bontempo Teixeira
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A cirrose hepática é considerada a principal doença crônica do fígado, sendo responsável, no Brasil, por mais de 298.000 internações hospitalares entre 2001 e 2010 e mais de 128.000 óbitos entre 2001 e 2009 . Sua prevalência é variável em diferentes países. Em países desenvolvidos, essa patologia, está entre as 10 mais relevantes causas de óbito. Caracterizada como uma doença crônica degenerativa, a cirrose está cada vez mais presente em nosso meio. Possui evolução insidiosa, com quadro clinico diversificado, variando de inespecífica a assintomática. Esta situação dificulta o diagnóstico precoce e contribui de forma representativa para o crescente número de internações hospitalares. Essa patologia resulta de uma fibrose extensa, na qual representa uma reposta cicatricial à agressão crônica do fígado, composta de excesso de componentes da matriz extracelular que inicialmente pode ser reversível. Podendo ser dividida em compensada e descompensada, sendo delimitadas pelos tipos: alcoólica, não alcoólica medicamentosa, viral e autoimune. OBJETIVO: Analisar a importância da abordagem dos impactos trazidos pelo diagnóstico tardio da cirrose hepática. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura para obtenção de dados pertinentes à temática, consultou-se as bases de dados LILACS, PubMED e SCIELO. Foram utilizados os seguintes descritores: cirrose hepática, doença crônica, mortalidade e fibrose hepática; de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Para análise, foram selecionados artigos publicados entre 1998 até o ano de 2018. Com base nos critérios de refinamento utilizados pelos descritores. RESULTADOS: A classificação da cirrose se dá em compensada e descompensada, sendo delimitadas pelos tipos: alcoólica, não alcoólica, medicamentosa, viral e autoimune. A cirrose hepática alcoólica é tão grave que é considerada a segunda causa indicativa de transplante hepático, sendo superada apenas pela hepatite C. A cirrose hepática viral representada pelo os vírus da hepatite B (HBV) e C (HCV) são os principais vírus causadores da cirrose. A taxa anual de cirrose entre os pacientes com infecção crônica pelo HBV varia de 2 a 10% em algumas séries estudadas, sendo o risco maior naqueles com infecção adicional pelo HDV (vírus delta) ou HCV ou pelo HIV e presença de alcoolismo crônico. É relevante saber que a cirrose também pode ser classificada clinicamente. Um sistema de estadiamento é a classificação de Child-Pugh modificada, com um sistema de escore de 5 a 15. Escores de 5-6 são a classe A de Child- Pugh, conhecida como a forma compensada da doença; escores de 7-8 indicam classe B passando a ser a forma descompensada e escores 10-15 a classe C. Este sistema de pontuação é utilizado para avaliar o prognóstico da cirrose e orienta o critério padrão para inscrição no cadastro de transplante hepático (classe B de Child-Pulgh ). No estágio em que a cirrose hepática encontra- se compensada é geralmente assintomática, sendo diagnosticada durante a avaliação da doença hepática crônica ou fortuitamente durante exame físico de rotina; testes bioquímicos, como enzimas hepáticas, albumina sérica, colesterol, TAP (tempo de atividade da protrombina); imageamento por investigação de outras patologias; endoscopia mostrando varizes gastresofágicas, ou cirurgia abdominal no qual o fígado nodular é detectado. Já a fadiga inespecífica, libido diminuída ou distúrbios do sono podem ser caracterizados como as únicas queixas. CONCLUSÃO: Por conta da relevância epidemiológica das internações e mortalidade da cirrose hepática, tem sido evidenciado que a falta do diagnóstico precoce, ou o não reconhecimento dos sinais e sintomas iniciais levam a uma evolução do quadro da patologia em estudo, a qual deixa de se apresentar da forma compensada para descompensada em um curto intervalo de tempo, resultando em um pior prognóstico para o quadro, devido possibilidade de não haver uma reversão da forma acentuada da fibrose hepática. Mediante a isso, os exames de rotina e imagens são primordiais na identificação das características fisiopatológicas. Desse modo, em exames laboratoriais que revelam hipoalbuminemia, aumento das bilirrubinas e alargamento do TAP (tempo de atividade da protrombina) apresenta uma insuficiência hepatocelular, além disso, são encontrados pancitopenias e plaquetopenias bastante sugestivas de hipertensão portal. Por meio dos exames de imagem, temos a ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, fibroscan, endoscopia digestiva alta que levam a melhor exclusão para outros diagnósticos diferenciais.

     

  • Palavras-chave
  • Cirrose Hepática, Diagnóstico, Doença Crônica
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
Voltar Download

O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.

 

  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
  • II – GESTÃO EM SAÚDE
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
  • IV - DIREITO CIVIL, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITO AMBIENTAL, DIREITO EMPRESARIAL, DIREITO DO CONSUMIDOR, DIREITO CONTRATUAL, DIREITO PENAL, DIREITO TRABALHISTA E DIREITO TRIBUTÁRIO
  • V - DIREITO DA TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO, ADVOCACIA ELEITORAL, ADVOCACIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E COMPLIANCE;
  • VI - SISTEMA JURÍDICO, ATOS E DOCUMENTOS JURÍDICOS E METODOLOGIA JURÍDICA.
  • VII - TRABALHOS TRANSDISCIPLINARES E OUTROS

Comissão Organizadora

Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira
Elder Bontempo Teixeira
Christiane Melo Silva Bontempo
Luan Kelves Miranda de Souza

Comissão Científica

Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira

Luan Kelves Miranda de Souza

Elder Bontempo Teixeira

Christiane Melo Silva Bontempo

Ana Rachel Oliveira de Andrade

Antônio de Pádua Rocha Nobrega Neto

Antonione Santos Bezerra Pinto

Carlos da Cunha Oliveira Junior

Francisco das Chagas Candeira Mendes Junior

Joara Cunha Santos Mendes Gonçalves

Joilson Ramos de Jesus

José Lopes Pereira Júnior

Joyce Pinho Bezerra

Khalina Assunção Bezerra Fontenele

Tereza Cristina de Carvalho Souza Garcês

Thiago de Souza Lopes Araújo

Vanessa Meneses de Brito

Yuri Dias Macedo Campelo

 

 

 

 

FAHESP/IESVAP

(86) 3322 7314