O USO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) EM PACIENTES DIABÉTICOS: REVISÃO LITERÁRIA

  • Autor
  • Helder Marques Lima Júnior
  • Co-autores
  • Gabriel Barreto Nogueira Santos , Gabriel Lucena Cangussu , Guilherme Araújo da Silva , Lara Ferreira Baptista , Larissa Aguiar Luz Albuquerque
  • Resumo
  • Introdução: Diabetes mellitus tem um caráter de epidemia devido ao grande aumento do número de indivíduos acometidos nas últimas décadas, uma doença crônica relacionada com alta taxa de doença cardiovascular (DCV).  Pacientes com diabetes são, frequentemente, hipersensíveis a formação de plaquetas. O uso de ácido acetilsalicílico (AAS) mostra-se eficiente na redução da mortalidade nos casos de DCV. Objetivo: Analisar o uso do AAS no paciente diabético como forma de prevenção primária de eventos cardiovasculares. Métodos: Trata-se de uma revisão literária de caráter exploratório com base em dados retirados de fontes como PubmedScielo e orientações emitidas pelas diversas instâncias com reconhecida autoridade [American Diabetes Association (ADA), American Heart Association (AHA), Organização Mundial da Saúde (OMS)] utilizando os termos “diabetes” e “aspirina”, foram encontrados 50 artigos, dos quais foram selecionados apenas 16, somente os que estavam inclusos nas plataformas citadas ou tese de doutorado, indexados no período entre primeiro de janeiro de 1989 e 31 de dezembro de 2018. Os demais artigos que não se enquadraram nesses critérios foram excluídos. Análise Crítica: Não há interação do uso de AAS com o tratamento da diabetes e evidenciou-se uma incompatibilidade a respeito do antiplaquetário como forma de prevenção primária de eventos cardiovasculares. Estudos como HOT (Hypertension Optimal Treatment) avaliou pacientes de prevenção primária, porém de alto risco para evento cardiovascular. O uso do AAS (75 mg/dia) resultou em redução de eventos cardiovasculares e em infarto do miocárdio em cerca de 15% a 36%, respectivamente. Numa meta-análise, a redução no risco cardiovascular global na população geral cifrou-se nos 22%, ao passo que na população diabética esse valor foi de 7%. A ADA recomenda o uso de baixas doses de aspirina (75-162 mg / dia) para uso primário e prevenção secundária de eventos caridovasculares e restabeleceu essas diretrizes em 2000 e 2003.Assim, Constata-se que a utilização do medicamento em baixa dosagem reduziu o risco para DCV em pacientes não diabéticos e em alguns casos em pacientes diabéticos com alto risco. Entretendo, Em altas doses (>325 mg/dia), o AAS pode apresentar um efeito paradoxal, porque ele também inibe a síntese da prostaciclina nas células endoteliais e plaquetas, que pode favorecer a formação de trombos. Isto é importante para pacientes diabéticos, porque os níveis de prostaciclina são reduzidos. Nos doentes que não toleram ou possuem alergia ao AAS recomenda-se o uso de outros agentes antiagregantes plaquetários. Conclusão: A terapia antiplaquetária em portadores de diabetes com alto risco cardiovascular é provavelmente a via mais fácil e menos dispendiosa disponível para prevenir tais complicações. As dosagens devem ser individualizadas de acordo com o fator de risco e idade, iniciadas, normalmente, com baixas doses. Todavia, em altas dosagem ele tem um efeito de formação de trombos. 

  • Palavras-chave
  • diabetes, aspirina
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
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