O USO DA CAFEÍNA OBJETIVANDO O AUMENTO DAS FUNÇÕES COGNITIVAS

  • Autor
  • DÉBORA JAMILLE DOS SANTOS SIQUEIRA
  • Co-autores
  • Sâmia Emanuely da Silva Pereira , Gabriel Barreto Nogueira Santos , Airton Antônio Pereira de Carvalho , José Patriotino Rebelo Pires Neto
  • Resumo
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    O USO DA CAFEÍNA OBJETIVANDO O AUMENTO DAS FUNÇÕES COGNITIVAS

     

    ¹DEBORA JAMILLE DOS SANTOS SIQUEIRA; ¹Sâmia Emanuely da Silva Pereira; ¹Gabriel Barreto Nogueira Santos, ¹Airton Antônio Pereira de Carvalho, ¹ José Patriotino Rebelo Pires Neto; ²José Lopes Pereira Júnior

    ¹Discente do curso de Medicina pelo Instituto Educacional do Vale do Parnaíba – IESVAP, Parnaíba-PI, Brasil. ²Doscente do curso de Medicina do Instituto Educacional do Vale do Parnaíba – IESVAP, Parnaíba-PI, Brasil.

    Área temática: Atenção à saúde

    Modalidade: Apresentação Oral

    E-mail do autor: deborajssiqueira@gmail.com

    Categoria: Estudantes

     

     

    INTRODUÇÃO: A cafeína é a substância psicoativa mais consumida mundialmente por estar presente em muitas bebidas e alimentos que são de consumo diário, como chás, café, refrigerantes, chocolates e bebidas energéticas. Entretanto, podemos encontrá-la também em sua forma pura encapsulada, forma esta amplamente utilizada como fonte energética para atividades físicas ou para controle do sono e da atividade energética corporal. A cafeína manifesta os seus efeitos biológicos através de um mecanismo antagonista dos Receptores da Adenosina (RA), esta que é caracterizada como um ribonucleosídeo purínico, ou seja, um neuromodulador endógeno com efeitos de inibição característicos.  Sendo a cafeína um antagonista dos efeitos da adenosina, podemos afirmar que a mesma atua aumentando as atividades do sistema nervoso central. A adenosina é um importante regulador da homeostasia cerebral, pois exerce grande influência na comunicação neuronal e está diretamente ligada à sincronização, controle e coordenação de vários mediadores sinápticos. Por este motivo, a utilização da cafeína como antagonista dos receptores de adenosina pode promover uma influência positiva na plasticidade sináptica. Cognitivamente, pode apresentar efeitos como aumento da atenção, da vigília, da capacidade reativa e melhor processamento de informações além de promover também o aumento da pressão arterial, do metabolismo, da diurese dentre outros. OBJETIVOS: Analisar a influência do uso de cafeína como substância estimulante para aumentar o rendimento da população em geral. MÉTODOS: Para realização desse trabalho realizou-se levantamento bibliográfico dos artigos a partir da consulta no Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e no banco de dados da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PUBMED), publicados em qualquer época. Foi realizada uma busca no formulário avançado dos termos, cafeína, estimulante do sistema nervoso central e efeitos adversos, bem como os seus termos em inglês. Foram excluídos os artigos de reflexão, artigos de opinião, artigos repetidos, resenhas, anais de congresso, editoriais e artigos que não abordaram o tema deste estudo. Após leitura do título e resumo, foram selecionados 28 artigos para leitura na íntegra. ANÁLISE CRÍTICA: Bebidas energéticas, são assim chamadas por proporcionam a quem as ingere sensações de bem-estar e disposição, sendo a cafeína um dos principais componentes desta. Por se tratarem de produtos de livre comércio e de fácil acesso são frequentemente utilizadas como fonte de energia para realização de atividades diárias, principalmente pelo público jovem. Dentro do âmbito terapêutico, podemos justificar o uso da cafeína através de suas propriedades antagônicas ás RAs bem como pela permeabilidade quase que instantânea, através das barreiras hematoencefálicas advindas de sua propriedade hidrofóbica, promovendo rápida absorção pelo trato gastrointestinal e alto índice de biodisponibilidade. Após a ingestão, a cafeína tem seu pico de concentração variando entre 15 e 120 minutos e seu tempo de meia vida gira em torno de 3 a 8 horas, permanecendo estável por pelo menos uma hora. Apesar de sua comprovada eficácia relacionada ao aumento do rendimento e potencial energético, a cafeína apresenta efeitos adversos que são de suma importância clínica, principalmente quando a mesma é usada em excesso ou com demasiada frequência. Decorrem do uso exacerbado da cafeína, sintomas como taquicardia, insônia, dor abdominal, diarreia, tremores, cefaleia, poliúria, agitação psicomotora. Em quantidades mais significativas, pode ser considerada tóxica, sendo capaz de ocasionar convulsões, arritmia cardíaca, náusea, vômito e delírios. Ressalta-se seu potencial de dependência, que está associado ao consumo em grandes quantidades ou por longo período de tempo, denominado cafeinismo. Temos nestes casos, pacientes cafeino-dependentes, que apresentam além dos sintomas fisiológicos citados anteriormente, outros de caráter mental, como ansiedade, nervosismo e irritabilidade. Estes sintomas podem ser justificados porque nosso organismo habitua-se ao uso da cafeína muito rapidamente e ao cessar abruptamente o seu consumo, percebe-se efeitos semelhantes aos de abstinência. Nestes casos, os pacientes costumam apresentar perturbações do sono, apatia e dificuldade de concentração. CONCLUSÃO: A cafeína é comumente utilizada pela população como substância estimulante, objetivando melhorar a atividade do SNC e principalmente para reduzir a indisposição com o intuito de ter mais horas de estudo livre. Entretanto, o consumo de cafeína pode alterar negativamente o controle motor e a qualidade do sono, bem como causar irritabilidade em indivíduos com quadro de ansiedade. Sendo assim, podemos afirmar que mesmo sendo eficaz para potencializar a energia corporal, essa substância precisa ser utilizada com cautela, para que seus efeitos colaterais sejam minimizados. Além disso, a população deve ser instruída quanto seus efeitos a curto e longo prazo, visto que seu consumo deve ser limitado em pacientes que fazem uso de medicações como psicotrópicos, gestantes, crianças e outros.

     

    PALAVRAS-CHAVE: Cafeína; Estimulante do Sistema Nervoso Central; Efeitos Adversos

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

     

    BRIETZKE, Cayque, et al. Caffeine effects on VO2max test outcomes investigated by a placebo perceived-as-caffeine design. Nutrition and health, 2017, 23.4: 231-238.

     

    CARVALHO, Joelia Marques de, et al. Perfil dos principais componentes em bebidas energéticas: cafeína, taurina, guaraná e glucoronolactona. Revista do Instituto Adolfo Lutz (Impresso), 2006, 65.2: 78-85.

     

    CURRAN, Christine Perdan; MARCZINSKI, Cecile A. Taurine, caffeine, and energy drinks: Reviewing the risks to the adolescent brain. Birth defects research, 2017, 109.20: 1640-1648.

     

    LIEBERMAN, Harris R. Caffeine. 1992.

     

    MELLO, Daniellle; KUNZLER, Djuna Klein; FARAH, Michelle. A cafeína e seu efeito ergogênico. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 2007, 1.2: 4.

     

     

  • Palavras-chave
  • Cafeína Estimulante do Sistema Nervoso Central Efeitos Adversos
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
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