INTRODUÇÃO: A medicina moderna caracteriza-se pela competência profissional acerca dos efeitos psicológicos, culturais e pessoais que podem vir a acometer o paciente. Nesse contexto, surge a importância de uma abordagem multidisciplinar, integral, humanizada e espiritual em pacientes oncológicos, sobretudo os pediátricos, a fim de minimizar os efeitos adversos do processo terapêutico. OBJETIVO: Avaliar como os cuidados de abordagem humanizada e espiritual às crianças em tratamento oncológico são efetivos para amenizar o sofrimento dos pacientes e familiares. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada em julho de 2019, na qual foram utilizadas como Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “Atendimento Humanizado”, “Espiritualidade”, “Tratamento Oncológico”, na base de dados da SciELO e Lilacs. Foram analisados seis artigos, escritos em português, publicados desde 2010. RESULTADOS: A hospitalização de uma criança oncológica consiste em uma complicada experiência para o paciente, uma vez que a exposição a ambientes estressantes gera ansiedade, o que é agravado pelas fontes limitadas de apoio que ajude a criança a enfrentar seus sentimentos de maneira eficaz. Diante desse cenário, o cuidado com o paciente oncológico pediátrico deve estar centrado não apenas na doença, nos cuidados intervencionistas e na aplicação de conhecimentos técnico-científicos, mas também deve focar em ter uma abordagem que agrega os aspectos biopsicossociais e espirituais do cliente e de seus familiares, de modo a desempenhar um cuidado integral e humanizado com todos os envolvidos. Assim, o vínculo de confiança e amizade entre criança e profissional se traduz um meio útil para humanizar a assistência, pois permite que o profissional transcenda o foco do aspecto físico do câncer, prestando cuidados que entendam o paciente enquanto ser humano. É de suma importância que sentimentos de confiança e amizade sejam suscitados nos clientes, a fim de reduzir o estresse e a angústia desencadeados pela realidade da doença. Alguns aspectos facilitadores de uma assistência cotidiana mais humanizada estão relacionados com o desenvolvimento da empatia pelo profissional. É essencial demonstrar apoio, esclarecer dúvidas, ajudar e desenvolver um bom relacionamento não apenas ao paciente, mas também aos familiares, principalmente à mãe, pois somente através do provimento de apoio e conforto é que o sentimento de confiança e empatia serão despertados e o profissional poderá experimentar a sensação de ser aceito. É notável que a criança diagnosticada com câncer ou em tratamento oncológico e sua família enfrentam uma etapa muito difícil, frente a esse contexto, uma abordagem com olhar holístico e humanizado é essencial e pode ser eficaz para diminuir o medo, ansiedade e o estresse enfrentado pela internação, amenizando o sofrimento e acalmando criança e família, fortalecendo o vínculo e proporcionando bem-estar, algo de fundamental importância nesse cenário. No que tange a espiritualidade, é essencial que os profissionais promovam uma assistência capaz de entender e encorajar esse aspecto no paciente, visto que isso constitui uma estratégia de enfrentamento importante diante de situações consideradas difíceis, como é o caso do diagnóstico do câncer, que produz um forte impacto na vida da criança e cujo tratamento é permeado de inúmeros eventos estressores. CONCLUSÃO: Dessa forma, é fundamental, durante o tratamento oncológico pediátrico, entender a importância do reconhecimento da espiritualidade da religiosidade como estratégia de enfrentamento espirituais do paciente, trazendo uma visão holística e humanizada que faz com que os profissionais possam planejar e fornecer uma assistência da forma mais integral, além de diminuir no paciente pediátrico a sensação de medo do desconhecido, insegurança e ansiedade.
O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.
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