EDUCAÇÃO MÉDICA VOLTADA À SEXUALIDADE E IDENTIDADE DE GÊNERO: COMO OS MÉDICOS BRASILEIROS ESTÃO SENDO QUALIFICADOS.

  • Autor
  • Emanuella Maria Nascimento de Moura
  • Co-autores
  • João Victor das Chagas Evaristo , José Krentel Ferreira Neto , José Vieira Amorim Filho , Francisco da Chagas Candeira Mendes Junior
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: No campo médico, “sexo” é entendido como o conjunto de padrões biológicos associados ao indivíduo, cromossomos, hormônios e padrões morfológicos. Após estudos, a área biomédica elaborou uma nova categoria denominada “gênero”. Esta categoria em questão, abrange diversos fatores psicossociais que se sobrepõem a ideia primordial de pertencer à um determinado “sexo” e com ele ter uma orientação sexual e identidade de gênero pré-definidas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) explica “gênero” como uma categoria de identidade social referente à auto identificação como homem, mulher ou outra categoria diferente destas. Ademais, a OMS considera a sexualidade como um aspecto extremamente importante na saúde física e mental do ser humano. OBJETIVO: Entender como a identidade de gênero e sexualidade são enxergadas na medicina brasileira, como esse tema está sendo estudado nas escolas médicas e a ênfase dada para essas questões. MÉTODOS: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura sobre a aplicabilidade do ensino de identidade de gênero e sexualidade para os acadêmicos de medicina. Foi elaborada a busca de artigos científicos na base de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e School Google. Foram usados os seguintes descritores: educação; sexualidade; gênero no idioma português Os estudos selecionados estão entre 2009 a 2017. DISCUSSÃO: Nas escolas médicas brasileiras, o ambiente é marjoritariamente elitista e o discurso sobre minorias sociais nem sempre se faz presente de forma eficaz. A discussão acerca da identidade de gênero e sexualidade ainda é escassa no currículo médico, sendo vista de forma mais predominante os aspectos biológicos e patológicos em detrimento daqueles relacionados à construção social da sexualidade e sua associação com a saúde. O estudo psicossocial, no que condiz à questão de gênero, apropriado pela medicina, analisa a coexistência de “dois corpos” em um só: o corpo fisiológico e o corpo social. A partir disso, entende-se que o corpo humano, como um sistema biológico, é afetado pelo mundo que o rodeia, tendo ações, pensamentos e comportamentos influenciados pela cultura e sociedade no qual está inserido. A maioria dos indivíduos está em estado de anuência com seu sexo biológico (sistema fisiológico urogenital no qual nasceu) e sua identidade de gênero. Os indivíduos nos quais vivem em desconformidade entre seu sexo biológico e sua identidade de gênero são denominados de transgêneros ou transexuais. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) já adota alguns procedimentos de transgenitalização, apesar de serem falhos e deixarem milhares de pessoas à espera de algum atendimento. Decerto, associa-se a falta de ênfase sobre sexualidade e identidade de gênero nas escolas médicas à precariedade da saúde pública e a deficiente abordagem de alguns profissionais quanto a esse tema. CONCLUSÃO: A revisão da literatura expõe a realidade dos cursos médicos no Brasil, os quais, apesar de inserirem em seus currículos o ensino da sexualidade, acabam por priorizar aspectos biológicos e patológicos, com pequeno destaque para a construção social da sexualidade. A visão organicista e reducionista da sexualidade e do gênero, além da pequena abordagem de aspectos socioculturais configuram-se como um empecilho à formação humanística do profissional médico, por não instigar o surgimento de debates capazes de mitigar dúvidas, mitos e preconceitos. Dessa forma, cumpre proporcionar aos futuros profissionais uma formação que valorize os diversos aspectos da sexualidade humana, a fim de formar médicos sensíveis ao tema e mais preparados a trabalhar para a promoção integral da saúde sexual da população.

     

  • Palavras-chave
  • educação, gênero, sexualidade
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
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