ELABORAÇÃO DE PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR DURANTE VISITAS DOMICILIARES SUPERVISIONADAS NA CIDADE DE PARNAÍBA - PIAUÍ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • Aline Viana Araujo
  • Co-autores
  • Karolinne Kassia Silva Barbosa , Ana Carla Mesquita Cisne , Thais Barjud Dourado Marques , Larissa Andrade Giló , Nágila de Azevedo Marques
  • Resumo
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    ELABORAÇÃO DE PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR DURANTE VISITAS DOMICILIARES SUPERVISIONADAS NA CIDADE DE PARNAÍBA - PIAUÍ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

    Aline Viana Araújo¹; Larissa Andrade Giló¹; Thais Barjud Dourado Marques¹; Ana Carla Mesquita Cisne¹; Karoline Kassia Silva Barbosa; Nágila de Azevedo Marques²

    ¹ Discente do curso de Medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Piauí (IESVAP)

    ²Terapeuta Ocupacional do NASF de Parnaíba e Docente do curso de Medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Piauí (IESVAP)

    Introdução: Durante a prática médica inúmeros meios de abordagem familiar são utilizados para que a terapêutica escolhida pelo profissional da saúde seja de fato eficaz. Um desses meios é o Projeto Terapêutico Singular (PTS), o qual é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas para um indivíduo, para uma família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar. Geralmente, é dedicado a situações complexas, buscando a singularidade como elemento central de articulação na tentativa de mudar situações patológicas do indivíduo a partir de um diagnóstico confirmado. É uma ferramenta de cogestão e compartilhamento do cuidado, na medida em que possibilita a definição de objetivos comuns e definições de tarefas pactuadas em equipe. Objetivos: Ressaltar a importância do Plano Terapêutico Singular e analisar sua eficácia em uma usuária da Unidade Básica de Saúde (UBS). Métodos: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, qualitativo e atemporal. Aborda a elaboração e aplicação de um PTS por meio de 11 visitas domiciliares realizadas pelas acadêmicas do terceiro período do curso de Medicina da Instituição IESVAP, sob supervisão da preceptoria do Módulo Integração Ensino-Serviço-Comunidade III (IESC III). O período da construção à aplicação do Projeto deu-se em meados de abril até início do mês de junho de 2019. Foram aplicadas ferramentas de abordagem familiar como Genograma, Ecomapa e Apgar. Além disso, foi utilizado o Prontuário Familiar como ferramenta para coletar e organizar os dados obtidos durantes as visitas domiciliares, e desenvolvida uma tabela com horários e quantidades de medicamentos, a fim de auxiliar à paciente em seu autocuidado. Também estratificamos o risco cardiovascular por meio do Escore de Framingham. Análise Crítica: A pessoa que compõe o estudo é uma usuária de 57 anos, diagnosticada com Hipertensão Arterial Sistêmica e Artrite Reumatóide. Domicilia-se em moradia própria, com saneamento básico e coleta de lixo frequente, no presente reside com o marido (59 anos) portador de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), duas filhas (a primeira com 39 anos e a segunda com 36 anos) e uma neta (12 anos) e um neto (9 anos). No primeiro encontro, esclarecemos a finalidade da visita para a usuária, comentando-se que tais entrevistas visavam descobrir as suas principais dificuldades, e poder estabelecer intervenções efetivas e úteis que possam colaborar para uma melhor precisão terapêutica. Ao longo da anamnese, detectou-se o problema de lapso de memória, onde foi elaborada uma tabela com datas e horários dos remédios dos indivíduos que faziam tratamento crônico na residência. A tabela foi fixada na porta da geladeira da usuária, servindo como lembrete para aqueles dias mais atarefados. Relata que gosta de ir à igreja, visitar familiares, e que ultimamente sentia-se sozinha por não ter alguém para conversar. Diante disso, foi estimulada a participar de atividades coletivas na UBS, a fim de estabelecer vínculos com a comunidade. Finalizamos as visitas domiciliares, percebemos uma melhoria no bem-estar da usuária, visto que as informações e intervenções somaram à qualidade e expectativa de vida da usuária frente à doença. Observa-se que durante a elaboração do PTS foram necessárias várias visitas à família, buscando identificar a singularidade como elemento central de articulação. O Projeto, com o auxílio de outras ferramentas como Apgar, Genograma e Ecomapa atribui benefícios àqueles que o utilizam, pois dispõe de soluções para os problemas familiares e, utiliza de sugestões que também contribuem para a resolução dos impasses supracitados. Por fim, após as visitas domiciliares, apresentamos para a Preceptora e Coordenadora do Módulo de IESCIII, a fim de que fosse pontuado considerações pertinentes e que pudesse ser aplicado à usuária. Conclusão: O Projeto Terapêutico Singular é uma ferramenta de suma importância, uma vez que possibilita a realização de ações e cuidados em saúde com base na abordagem centrada na pessoa. Destaca-se que não foi apenas um processo-aprendizagem para a usuária, como também para as acadêmicas, futuras profissionais em saúde, que estão desenvolvendo uma visão holística incorporando o processo clínico centrado na pessoa, visto que, os profissionais são a condução de suma importância para a construção da autonomia da usuária e continuidade do projeto terapêutico. Assim, conclui-se que a elaboração do PTS foi benéfico e trouxe mudanças na saúde do usuário. Além disso, percebe-se uma necessidade de adesão dessa ferramenta a fim de integrar o cuidado entre os serviços, o qual constitui um mecanismo capaz de promover mudanças nos processos de trabalho e cuidado, garantindo uma prática eficaz e que respeite a individualidade do indivíduo. Palavras-chaves: projeto terapêutico; visita domiciliar; medicina de família.

     

     

     

  • Palavras-chave
  • projeto terapêutico, visita domiciliar, medicina de família
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
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