ASSOCIAÇÃO DO HPV COM DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Karolinne Kassia Silva Barbosa¹; Aline Viana Araújo¹; Hayssa Duarte dos Santos Oliveira¹; Jaiane; Pedro Augusto Teodoro Rodrigues²; Joilson Ramos de Jesus³;
¹Discente do curso de medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba – PI.
2 Discente da Universidade Federal de Goiás – Regional Jataí UFG-RJ
³Docente do curso de medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba – PI.
Área temática – Atenção à saúde.
Introdução: O câncer de colo uterino (CCU) é um grave problema de saúde que atinge mulheres em todo o mundo, ficando atrás apenas para o câncer de mama. Existem vários fatores de risco para desenvolvimento de CCU, dentre eles a multiplicidade de parceiros, história de infecções sexualmente transmitidas, início de atividade sexual precoce e multiparidade. Dentre esses fatores, o que mais se destaca é a transmissão sexual, uma vez que é o veículo de disseminação do Vírus do Papiloma Humano (HPV), sendo este, o principal fator etiológico da neoplasia do colo de útero. O combate ao câncer de colo de útero teve avanços significativos após a confirmação do papel etiológico do vírus HPV sobre a doença. A partir de então houve o desenvolvimento de vacinas com baixas concentração de antígenos e altamente imunogênicas, atuando como um meio de prevenção do CCU. Sabe-se hoje que existem cerca de 118 tipos de papiloma vírus, dentre esses, 100 acometem seres humanos, e 15 são classificados como de alto risco para CA de colo. Objetivo: Entender de que forma o Vírus do Papiloma Humano (HPV) se relaciona com o desenvolvimento do câncer de colo do útero. Métodos: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura realizada mediante uso de palavras chaves (“HPV” e “Canceer de colo “”) representativas do tema na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e os descritores em saúde (DeCS) obtidos foram usados nas bases de dados da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos PubMed - PubMed (“Papillomaviridae, Colonic Neoplasms ”, “Neoplasias del Colon”) e Biblioteca Elerônica Científica Online Scielo (“Papillomaviridae ”, “Papillomaviridae”,Neoplasias del Colon, Neoplasias do Colo”), utilizando como filtros: artigos publicados nos últimos 5 anos e estudos em humanos,faixa etária de 19 a 44 anos e testes clínicos. Em seguida os artigos obtidos passaram por uma análise criteriosa dos títulos e do resumo, e apenas os artigos relacionados aos temas foram utilizados para elaboração da presente revisão. Análise crítica: O HPV é um vírus não envelopado da família Papillomaviridae. Seu genoma é uma molécula com DNA duplo dividido em três regiões de acordo com a sua localização e propriedades funcionais: as regiões E (early) e L (late), LCR (long control region). Na região E encontram-se oito genes (E1 a E8), sendo responsáveis pela replicação do HPV. Os genes da região L (L1 e L2) codificam as proteínas principal e secundária do capsídeo, respectivamente. A região LCR também denominada de região de controle superior influencia na transcrição e replicação viral. É sabido que cerca de 100 tipos do vírus HPV é capaz de acometer seres humanos, 20 destes possuem tropismo pelo epitélio escamoso do trato genital inferior, sendo classificados como de baixo e alto risco. Os vírus classificados como de baixo risco de transformação maligna não possuem a capacidade de integrarem seu material genético ao material genético da célula hospedeira. Quanto aos de alto risco, esses sim são capazes de se integrar seu material ao genoma do hospedeiro induzindo a progressão neoplásica. Uma vez que o vírus consegue adentrar na célula, ele perde seu capsídeo e inicia a transcrição do seu próprio DNA para sintetizar novos vírus. Determinados tipos de HPV (os de alto risco sendo os principais representantes o 16 e 18) sofrem mudança na sua conformação, facilitando sua incorporação ao genoma do hospedeiro. A partir dessa incorporação, as células começam a produzir E6 e E7, que estimulam a proliferação e transformação celular. O gene E6 estimula a degradação da proteína p53 e ativa a telomerase e o gene c-myc estimulando a mitose. E7 degrada a pRb e interfere em várias proteínas ligadas a reparação do DNA. Esses fatores geram uma proliferação celular desordenada. Conclusão: O vírus do papiloma humano é o principal agente etiológico associado à carcinogênese do CA de colo. Esse CA evolui de forma lenta, passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura. Por esse motivo o exame preventivo é tão importante e eficaz, assim como a vacinação de meninas e meninos antes de iniciar a vida sexual. Palavras chaves: Papiloma vírus e Câncer de colo.
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