LEVANTAMENTO DA MORBIDADE HOSPITALAR CAUSADA POR MICOSES SUPERFICIAIS NO BRASIL

  • Autor
  • Myrella De Jesus Cruz Gomes
  • Co-autores
  • Gabriela De Souza Mendonça , Jamile Costa Leal , Amanda Faria Rangel , karla karine Castelo Branco Mesquita , Joilson Ramos de Jesus
  • Resumo
  •  

    Introdução: As micoses superficiais são comuns em países tropicais como o Brasil, em geral, são ocasionadas por dermatófitos e restritas à camada córnea da pele. A resposta imunológica do hospedeiro frente às infecções pelos dermatófitos depende de fatores como as defesas do hospedeiro a metabólitos do fungo, a virulência da cepa, a localização anatômica da infecção e as características ambientais locais (CRIADO. et. al. 2011). No entanto, mesmo que no Brasil estas manifestações fúngicas estejam entre as mais prevalentes, ficando em segundo lugar quando se trata de incidência, ainda são apontadas como doença de notificação não obrigatória e as informações da incidência dessas patologias para a população ainda são restritas (SILVA e LIMBERGER. 2012). Sob esse prisma, é possível afirmar que deve haver um maior cuidado em relação ao cenário das infecções fúngicas no Brasil, uma vez que são uma causa significativa de morbidade e mortalidade em humanos. (BURIAN, SCRAMENTO e CARLOS. 2017). Objetivo: Analisar a evolução da morbidade hospitalar causada por micose no Brasil. Métodos: O presente estudo trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, com procedimento documental de dados secundários coletados na base de dados do DATASUS-TABNET do período entre 2008 a 2019, com base teórica fundamentada em artigos científicos proveniente de busca sistemática nas bases de dados PubMed e SCIELO (Scientific Eletrônic Library Online). Como descritores, foram usados “Mycoses” e “Morbidity”, e como operador boleano “AND”. Resultados e Discussão: A análise dos dados secundários coletados na base de dados DATASUS sobre morbidade causadas por micose mostraram a ocorrência de 4821(6%) internações na Região Norte; 39970(50%) casos na Região Nordeste; 20364(26%) casos na Região Sudeste; 9501 (12%) casos na Região Sul e 4786 (6%) na casos na região Centro-Oeste. É notório em que há Estados com índices mais elevados quanto outros. Portanto, observa-se pelo estudo que a região Nordeste tem uma incidência maior de casos registrados, esse fato explica-se por questões socioeconômicas, culturais e culmina também pela falta de saneamento básico em algumas localidades dos Estados. Conclusão: Destarte, é mister para a saúde pública a conscientização e uma devida atenção sobre essa doença, uma vez que representa uma grande parcela dos casos de morbidade hospitalar no Brasil, sobretudo na região nordeste, uma vez que o risco para a incidência e prevalência aumenta consideravelmente em virtude de fatores socioeconômicos, culturais e climáticos. Posto isso, os profissionais de saúde, como dermatologistas, enfermeiros e agentes de saúde devem atuar em conjunto com o fim de atenuar a problemática.

     

  • Palavras-chave
  • Micoses, Morbidade, Incidência.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
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